segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Sexo e posições sexuais na Gravidez



Ao descobrir-se grávida a mulher e muitas vezes o homem passam a ver o sexo de outra forma. Alguns ficam mais excitados, outros mais carinhosos, alguns receosos e muitos deixam de fazer sexo completamente.


Há quem diga que o sexo na gravidez é como “ménage-à-trois”. Ficam excitados por pensar que o sexo está sendo feito a três. Outros ficam mais carinhosos, sempre pensando em agradar um ao outro para se sentirem bem. 

Tem os que ficam receosos, pensando que podem machucar o bebê; ou se o bebê vai sentir alguma coisa. E tem os que deixam de fazer
sexo completamente. Talvez por respeito ao bebê, por
trauma de algum aborto ou ambos. 


O mais importante é que o casal se sinta bem, com ou sem sexo. Como sabemos as mães passam suas emoções para o bebê, e o que todos queremos é que o bebê se sinta bem. 


Também existe o fato de que há mulheres que querem o marido sempre por perto e outras que não podem nem com o cheiro. Tudo isso é natural e faz parte da gravidez. Claro que há mulheres que permanecem como sempre foram.


Finalizando, quando se trata de sexo o que deve existir é respeito e compreensão de ambos, para que o bebê se sinta amado, querido e desejado nascendo em um ambiente calmo e acolhedor.
E para melhorar o sexo na gravidez, temos que adaptar o casal a realizar novas posições sexuais. Conforme a barriga cresce vai dificultando as relações. Dificultando e não impedindo. Para quem quer viver nove meses de prazer, seguem dicas de quatro posições sexuais:
• 1. os dois se encaixam de lado. A grávida pode colocar um travesseiro bem pequeno sob a barriga, para apoiá-la melhor.
• 2. ele deita na cama, ela senta sobre ele. Boa posição para a grávida, pois ela pode se movimentar e controlar a penetração.
• 3. o casal fica na posição clássica, porém o homem eleva o tronco para não pressionar a barriga da parceira.
• 4. os corpos ficam em posição de cruz - ela deita e flexiona as pernas, ele se encaixa de lado, sob as pernas dela. 



Algumas posições: 












 *Dica: Viva sua sexualidade também durante a gravidez. O bebê está se desenvolvendo sim, e pode haver o medo de machucá-lo que é natural, masaos poucos você perceberá que praticar sexo nesta fase é saudável e muito prazeroso.


Fonte:

E-family 
BebêAbril 

domingo, 21 de novembro de 2010

Bem Estar antes e após a Gestação

Estrias

As estrias surgem devido ao estiramento da pele, resultante da ruptura das fibras colágenas. Portanto, quanto menos a futura mamãe ganhar peso e mais hidratar a pele, menores são as chances de adquirí-las.


Hidrate-se: Com o avançar da gestação, ocorre um aumento da secreção pelas glândulas sudoríparas, o que faz você perder mais líquido. Portanto beba bastante líquido, sua pele ficará mais hidratada. Lembre-se que a hidratação também ocorre de dentro para fora.

Utilize o óleo de amêndoas, no mínimo 2 x ao dia. Dê atenção especial a seios, quadris e barriga.





Edema 

O edema, ou popularmente conhecido como "inchaço", ocorre por diversos fatores, entre eles a compressão e aumento das válvulas venosas e alterações hormonais decorrentes da gestação. 

Não existe uma idade gestacional correta para surgir estes inchaços, mas geralmente eles aparecem entre o entre o 6º e 9º mês, que é quando o útero está maior; o que faz aumentar a pressão sobre as veias femorais, e ocorre um desconforto em pernas e pés.

A drenagem linfática manual ajuda a diminuir esse desconforto, sendo uma técnica lenta realizada com movimentos suaves e ritmicos.

Alguns Benefícios:

Produz sensação de relaxamento, ajudando a combater o estresse
Estimula o sistema imunológico
Previne as varizes , e sensação de "pernas cansadas"
Estimula a lactação e dessensibilização da mama.



Limpeza de pele

Na gestação, é comum ocorrer o aumento da produção das glândulas produtoras de sebo, o que propicia a oleosidade e acùmulo de bactérias (cravos e espinhas). A limpeza de pele pode ser realizada nesta fase, e é sempre realizada com produtos que cuja formulação não agridam seu organismo.

Em casa: Utilize sabonete neutro e tônico facial livre de álcool todos os dias. Assim, haverá um equilíbrio no ph da pele, impedindo a formação de cravos e espinhas.

Manchas

Mulheres de pele morena escura e mestiça possuem tendência a adquirir a conhecida máscara gravídica. Mulheres de pele clara podem apresentar aumento dos melasmas, principalmente em região periorbicular, periorbital e fronte. Mas não há motivo para preocupação: estas manchas geralmente desaparecem no pós parto, e quanto mais tempo você amamentar, mais rapidamente elas vão embora.

Protetor Solar: Utilize todos os dias, o filtro solar, de no mínimo FPS 30, ou avalie com seu fisioterapeuta dermato funcional o filtro ideal para seu tipo de pele. Não esqueça de reaplicá-lo de 2 em 2 horas. Filtro solares com Vitamina E e substâncias antioxidantes são os mais recomendados.


 
Peeling de Diamante

O peeling de diamante, por ser um peeling mecânico, não tem absorção de substâncias pelo organismo. Pelo contrário: é o seu próprio organismo que é estimulado a produzir o colágeno, o que pode ser realizado durante a gravidez, e auxilia a melhorar o aspecto da pele da gestante sem agredir o bebê. 

É realizado com uma "caneta de diamante", sendo uma esfoliação leve a moderada, que retira as células mortas, renovando a epiderme e uniformizando manchas superficiais e marcas de expressão.

Diástase do Reto Abdominal

A fraqueza do músculo reto abdominal pode ser maior durante a gravidez, em função do aumento do útero gravídico. A medida que o útero cresce, o músculo pode afastar-se (separando-se), e ocorrer o rompimento das fibras aponeuróticas, o que futuramente poderá provocar herniações.

Exercício abdominal: Fortalece a região abdominal, prevenindo a diástase do músculo reto abdominal, e mantendo a mamãe em boa forma.

Cicatrização

Sabemos que o melhor para a mãe e o bebê é o parto natural, mas nem sempre é possível, e muitas vezes as gestantes queixam-se da cicatriz que fica "escura".

Esse escurecimento ocorre por conta do proceso inflamatório que ainda não está completo: são as células sanguíneas trabalhando para regenerar a pele.


Na fisioterapia Dermato funcional existem recursos que ajudam na cicatrização, deixando o aspecto da cicatriz mais estético possível. No primeiro ano após a cesárea, ainda não ocorreu a maturação do processo cicatricial, portanto não você não precisa preocupar-se tanto nesta fase.
Para clarear a cicatriz, existem tratamentos bastante eficientes, como peelings mecânicos e enzimáticos que são realizados de acordo com a necessidade da paciente. Porém, o resultado depende muito do nível de pigmentação (quanto mais você se expor ao sol e calor direto, menos satisfatório será o resultado).

Enquanto a maturação se faz, há como trabalhar com técnicas que melhoram a oxigenação sanguínea, e diminuem o risco de fibroses. Um exemplo é a aplicação de ultrassom terapêutico e massagem cicatricial: técnicas suaves e indolores, que ajudam a recuperação da pele.

Previna a hiperpigmentação: Não tome sol direto na cicatriz pelo período de 6 mêses a 1 ano, e se o fazer, utilize filtro solar FPS 60.


Viva feliz esse período tão importante da sua vida. Lembre-se:

Relaxe;
Cuide de seu corpo e mente;
Hidrate-se;
Alimente-se bem (se possível faça um acompanhamento nutricional).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Alterações da pele na Gravidez

A pele, durante a gravidez, revela profundas modificações que ocorrem no organismo materno. Mesmo sendo alterações fisiológicas (normais do organismo, sem significar doença), podem ser motivo de angústia para muitas gestantes. Estas alterações podem permanecer após o parto ou desaparecerem espontâneamente e, a não ser em casos extremos, não merecem tratamento.


Alterações da pigmentação da pele 

As alterações pigmentares (manchas na pele) podem ocorrer em 75 a 90% das grávidas, de forma e localizações variáveis, provavelmente devido à elevação de alguns hormônios.
O melasma apresenta-se como uma máscara gravídica, atingindo mais comumente a face das mulheres de pele mais escura ou as mestiças. O uso de fotoprotetores físicos e químicos na face é essencial na prevenção do problema e que devem ser indicados pelo obstetra ou pelo dermatologista.


Algumas áreas da pele podem escurecer, como a fronte, nariz, axilas, face interna das coxas e períneo, assim como as cicatrizes. Sardas e nevos pigmentados (sinais) também podem sofrer escurecimento.
O distúrbio de pigmentação mais frequente da gravidez é o escurecimento da linha média abdominal, formando uma linha escura vertical no centro da barriga, que recebe o nome de linha nigra (abaixo). Também é comum o escurecimento da aréola mamária. 





Após a gravidez, ocorrerá regressão parcial ou completa da hiperpigmentação, não devendo ser tratada com despigmentantes durante a gravidez e lactação. Deve-se esperar o desmame para se instituir qualquer tratamento.*


Cabelos, pêlos e unhas

Também de forma fisiológica, durante a gravidez, é comum ocorrer um crescimento mais intenso dos cabelos, devido ao prologamento da fase de crescimento dos mesmos (anágena), especialmente no terceiro trimestre. Já foi demonstrado que, na gravidez, o percentual de pêlos na fase de queda (telógena) cai para 10% no segundo e terceiro trimestres. Nas primeiras semanas após o parto sobe para mais de 30%.

Por esta razão, observa-se com frequência o aumento da queda dos cabelos após o parto, denominado de eflúvio telógeno. Também neste caso, não há necessidade de tratamento, pois os fios voltarão a crescer posteriormente, inicialmente mais finos e deverão voltar ao normal.

Outra alteração relativa a pêlos, é a hipertricose que pode ocorrer acompanhando a linha nigra, mas que deve sofrer regressão espontânea em 6 a 12 meses após o parto.
As unhas também podem sofrer alterações, como fragilização e descolamento. 

Alterações glandulares

As glândulas sudoríparas (do suor) também podem se alterar na gravidez, podendo ocorrer um aumento da incidência de miliária (brotoeja) e da hiper-hidrose (excesso de suor), em relação às glândulas sudoríparas écrinas. Já nas glândulas sudoríparas apócrinas ocorre uma hipofunção, o que explica a melhora clínica das hidradenites.
 
Em relação às glândulas sebáceas, o comportamento não é tão óbvio, sendo imprevisível o efeito da gravidez sobre a acne. Algumas mulheres que já tinham espinhas antes de engravidarem, melhoram suas lesões e outras mulheres podem apresentar acne pela primeira vez durante a gestação.

Estrias

O tecido conjuntivo também sofre modificações, dando origem às estrias gravídicas, que acometem entre 70 a 90% das grávidas, especialmente a partir da 24ª semana de gravidez, não sendo explicadas apenas pela distensão do abdômen. As estrias não desaparecem após o parto e seu tratamento ainda é difícil. O uso de emolientes e hidratantes durante a gestação deve ser encorajado, como uma forma de tentar evitá-las mas que não garante que não vão surgir.

Alterações vasculares 

Os distúrbios vasculares surgem devido aos elevados níveis de hormônios estrogênicos na circulação materna, formando telangiectasias e o eritema palmar (vermelhidão das palmas das mãos), que desaparecem espontaneamente entre 6 a 7 semanas após o parto.

Outras alterações vasculares são o granuloma piogênico, varicosidades e hemorróidas, assim como o edema facial, de pálpebras e de extremidades em cerca de 50% das grávidas e as tromboses (10%) e tromboflebites, mais raras.  

Fonte: Dermatologia


* A literatura não prova relação benefício e/ou malefício destes tratamentos nesta fase, porém deve-se conversar com o obstetra antes de qualquer procedimento químico.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Alterações corporais e psíquicas durante a gestação

ALTERAÇÕES CORPORAIS E PSÍQUICAS DURANTE A GESTAÇÃO

Ianaria C. de Souza1
Juliana C. de C. Batista2
Karina Prado de Araújo3
Karlúcia Farias dos P. Costa4
Katrinna M. P. de Portela5
Luciana dos Santos Barreto6
Mariamadalena matos7
Thiara silva8


Introdução

Através das inquietações vivenciadas na gestação, que este projeto de intervenção foi elaborado para esclarecer as grávidas todo o processo de alterações corporais e psíquicas e de que maneira as modificações podem interferir no dia a dia da mulher e tornarevidente a importância do pré-natal.
Essas alterações no organismo materno são decorrentes de modificações gerais e locais, que induz uma série de adaptações fisiológicas, atribuídas aos hormônios da gravidez e a pressão mecânica devido ao aumento do útero e de outros tecidos. As adaptações a essas alterações fazem necessário para que inicialmente, o embrião e, depois, o feto tenham um desenvolvimento dentro dos padrões de normalidades e para que a mulher se adapte ao evento da gravidez.

Assim, durante as 42 semanas de gestação, o organismo feminino passa por profundas alterações anatômicas, fisiológicas e bioquímicas em quase todos os órgãos e sistemas. Iniciando-se nas primeiras semanas e transcorre até o final da gestação, em algumas delas nos primeiros dias do puerpério ou até o retorno do organismo materno às condições pré-gravídicas.

Ao abordarmos as alterações corporais e psíquicas durante a gestação neste projeto, atuaremos na promoção de ações educativas de saúde materna, através de palestras, para esclarecer as modificações decorrentes do estado gestacional. Este estudo bibliográfico e a intervenção irão proporcionar às gestantes do PSF IX Antônio Lúcio Peixoto, no Bairro Vila Rica maior conhecimento das alterações possíveis durante sua gravidez.

Terá como objetivos,esclarecer as possíveis alterações corporais e psíquicas ocorridas durante o período gestacional, Avaliar o comportamento das mulheres no período gestacional; explicar prováveis dúvidas sobre as alterações físicas e sistêmicas durante a gravidez e descrever os sinais, sintomas de um diagnóstico da gravidez, informar as gestantes quanto às alterações emocionais durante a gravidez e sensibilizar as gestantes para a importância do acompanhamento pré-natal.

Mediante uma palestra as dúvidas serão esclarecidas, haverá um momento para as gestantes fazerem perguntas, em seguida será realizada um período de descontração, onde haverá uma maior interação entre estudantes e gestantes.
É fundamental que a enfermeira reconheça e compreenda essas transformações para que sejam evitadas intervenções desnecessárias à mulher e ao feto. Para tanto, essa profissional necessita de uma fundamentação em fisiologia materna que a permita: identificar desvios reais ou potenciais da adaptação normal da gravidez para, então, iniciar o plano de cuidado; ajudar a mulher a entender as mudanças anatômicas e fisiológicas durante a gravidez; aliviar a ansiedade da mulher e família sobre os sinais e sintomas que deveriam ser informados aos profissionais de saúde responsáveis pelo seu atendimento pré-natal (BARROS, 2006).

As alterações fisiologias são reconhecidas como sinais e sintomas da gravidez. Geralmente tais sinais e sintomas são classificados em três categorias:sinais e sintomas presuntivos cujas mudanças são sentidas pela mulher (amenorréia, fadiga, náusea e vômito, mudanças nas mamas); sinais e sintomas prováveis cujas mudanças são observáveis pelo examinador (sinal de Chegar, testes de gravidez); sinais e sintomas positivos que são atribuídos somente à presença do feto como ausculta dos batimentos cardíacos fetais, visualização fetal e movimentos fetais perceptíveis à palpação (BARROS, 2006).

O ovo humano ao se nidificar necessita, demais de adaptar- se ao meio interno, que o organismo da grávida, alterado profundamente, torne possível sua vivência e ulterior nutrição; modificações locais, e oportuna expulsão, quando maduro; modificações gerais, gradativas e diferidas, que lhe proporcionem o indispensável às solicitações metabólicas, à formação dos tecidos, à constituição de reservas para a vida neonatal (REZENDE, 2005).
De acordo com Rezende (2005), essas alterações induzidas pelo ovo, antecipam-se eventualmente, as suas demandas e ocorrem antes de estar ele suficientemente desenvolvido para exigir suprimentos de monta. Mãe e filho vão constituir unidade fisiológica, com meio interno comum, tendo o conceito prioridade na distribuição dos elementos nutritivos.

Não há, como se disse simbiose harmônica, mas, talvez parasitismo. As exigências das prenhas atingem os limites da capacidade funcional de muitos órgãos maternos, podendo fazer despontar, ou agravar, quadros patológicos preexistentes.
Ainda segundo Rezende (2005), as alterações na economia da gestante produzem-se através de 3 fatores princípios:
  1. "Enzimas e hormônios, com efeito direto sobre os órgãos reprodutores, e condicionando, ao mesmo tempo, reações colaterais, como a retenção hídrica.
  2. O volume e a circulação do útero, grandemente aumentados, ocasionando alterações na estática da mulher pejada, nos fenômenos circulatórios gerais e na respiração. São eventos de tal magnitude, desconcertam e tumultuam tanto a economia da gestante, que não encontram símile na fisiologia humana e na dos mamíferos.
  3. As solicitações fetais em oxigênio e elementos nutritivos, provocam distúrbios no metabolismo materno".
Durante a gravidez o casal começa a preparar-se para o seu novo papel como pais. Não só cada indivíduo deve adquirir consciência de sua função, e consciência de si próprio exercendo essa função, como deve também reordenar a percepção do parceiro para incluir o novo papel exercido por este, assim, a mulher grávida pela primeira vez deve não só adquirir o papel de mãe, como também começar a interagir com seu companheiro como pai, marido,como amante e assim por adiante (ZIEGEL e CRANLEY, 1985).
O acréscimo de um novo membro aumenta geometricamente o número de relações intrafamiliares. Com um casal existem duas relações: ele com ele e ela com ele. Com a gravidez ocorrem freqüente modificações na estrutura social do casal. Podendo surgir novos amigos e relações que compartilhem a experiência da gravidez e dos filhos (ZIEGEL e CRANLEY, 1985).

DESENVOLVIMENTO
Sistema reprodutor

Nettina (2003) sugere que entre sinais físicos e sintomas que não comprovam a gravidez o que primeiro a se destacar é a cessação da menstruação que logo levanta a suspeita de uma provável gestação, isto quando a mulher é saudável e apresenta ciclos menstruais previsíveis.
Segundo Barros (2006), as principais modificações do sistema reprodutor ocorrem no aparelho genital, especialmente útero e mamas. Os altos níveis de hormônio como estrógeno e progesterona fazem com que haja o crescimento uterino no primeiro trimestre, isso porque o útero dá início às suas modificações juntamente com a concepção, estas relacionadas à consistência, volume, peso, forma, posição e coloração.

Nettina (2003), refere às mamas aumentam e tornam-se dolorosas. As veias nas mamas tornam-se cada vez mais visíveis, os mamilos ficam maiores e mais pigmentados, pode haver formigamentos nos mamilos, presença de colostro, um liquido leitoso ralo, pode ser extraído no segundo trimestre de gravidez.
De acordo com Rezende (2005), vulva e vagina tumefazem-se, experimentam amolecimento e têm alterada sua coloração. A vulva pigmenta-se e o sítio lindeiro à extremidade inferior da vagina perde o róseo característico, tomando a cor vermelho -vinhosa, entreabertos ninfas e grandes lábios.

A consistência uterina altera-se se tornando amolecida especialmente no local da implantação ovular. Há o aumento do tamanho dos ovários e das trompas por conta da embebição gravídica e do aumento da vascularização este aumento ocasiona ainda alterações da vagina e vulva (REZENDE, 2005).
Segundo o mesmo autor citado acima, é comum o aparecimento de leucorréia, visto que, é maior a produção cervical e vaginal, secreção de aparência esbranquiçada com leve odor de mofo.

A gestante é mais vulnerável a infecções vaginais, sobretudo por leveduras.
Vagina e vulva têm a vascularização aumentada, hiperemia e amolecimento do tecido conjuntivo na pele e músculos do períneo e vulva, a mucosa da parede vaginal aumenta e m espessura, o tecido conjuntivo amolece, a hipertrofia das estruturas, juntamente com os depósitos de gordura, faz com que os grandes lábios se fechem e cubram a abertura vaginal (NETTINA, 2003).

Sistema cardiovascular

Gonzalez (2003), explica que uma das modificações ocorridas no sistema cardiovascular são o aumento do volume sanguíneo e trabalho cardíaco.
Por conta das alterações hemodinâmicas ocorridas durante a gestação as mulheres sadias toleram com facilidade as adaptações, porém, aquelas que já sofrem com complicações cardíacas podem se descompensar fazendo-se notar o alto índice de morbidade e mortalidade (REZENDE, 2006).

São exemplos clássicos destas modificações o aparecimento de taquicardia e palpitações presentes mesmo com a gestante em repouso. Os fatores emocionais desencadeiam com mais facilidade as palpitações. O volume sanguíneo aumentado como citado anteriormente faz com que o número (concentração) de eritrócitos seja diminuído daí o quadro de anemia fisiológica da gravidez. Notável também é o aparecimento de varizes nos membros inferiores, devido ao aumento do peso e à estase venosa nas pernas descreve (GONZALEZ, 2003).

Rezende (2006), explica:
"Uma das principais alterações é o aumento da freqüência cardíaca materna; ocorre já partir de 4 semanas de gravidez e no final ela se situa cerca de 20% acima dos valores pré-gravídicos. O volume sangüíneo começa a aumentar a partir de 6 semanas e atinge um pico (45-50% acima dos valores não-gravídicos) no início do 3.° trimestre, período em que há maior risco de descompensação cardíaca, que decorre de acréscimo do volume globular (cerca de 25%) e elevação desproporcionalmente maior do volume plasmático (30-50%) dando guarida à expressão "anemia fisiológica da gravidez". O hematocrito cai em concordância com a hemoglobina, alcançando nível mínimo normal de 30% (valor-gravídico: 37-47%), com elevação discreta no termo".

Nos primeiros 3 meses de gestação a mulher já apresenta uma queda significante na concentração de hemoglobina que atinge seus níveis mais baixos cerca de 25 semanas e ao 3º trimestre normaliza igualando-se aos números da gravidez inicial.O número de fetos irá exercer influência sobre a expansão do volume sanguíneo causando à mulher com gravidez múltipla e doença cardíaca maior risco de descompensação (REZENDE, 2006).

Nettina (2003), cita algumas outras alterações ocorridas no sistema cardiovascular, durante a gestação o diafragma se eleva enquanto o coração se desloca para a esquerda e para cima sendo o ápice movido lateralmente, ocorre um desdobramento exagerado dos batimentos cardíacos em especial do primeiro batimento cardíaco sendo possível ouvir um terceiro batimento cardíaco, são comuns sopros sistólicos que desaparecem após o parto, relacionado à pressão arterial durante a primeira metade da gestação ocorre discreta diminuição nas pressões arteriais sistólica e diastólica, ocorrendo assim o ponto mais baixo no segundo trimestre e retornando gradualmente aos níveis pré-gestacionais no terceiro trimestre, para se obter um boa aferição da pressão arterial deve-se levar em conta a posição da gestante pois esta irá influenciar nos valores como por exemplo, a leitura mais elevada é obtida na posição sentada, a leitura mais baixa é observada na posição decúbito lateral esquerdo, e uma intermediária conseguida na posição decúbito dorsal, durante as contrações uterinas ocorre elevação retornando ao nível basal ao fim das mesmas.

Sistema renal

Estima-se que cerca de 80% das gestantes têm dilatação significante de ambos os ureteres e pelves renais, que se inicia precocemente (10 semanas) e por essa razão filiada à atonia decorrente de estímulos hormonais, progesterona. O fluxo de urina está retardado, causa da maior predisposição à infecção urinária que têm as grávidas (REZENDE, 2006).

Gonzalez (2003) refere, há um aumento da freqüência de micções durante as primeiras e últimas semanas de gravidez, devido à ação de hormônios e também pela pressão que o útero exerce sobre a bexiga, diminuindo a sua capacidade de reserva. São comuns quadros de polaciúria, disúria e nictúria.

"Os ureteres tornam-se dilatados e alongados durante a gravidez por causa da pressão mecânica e, talvez, dos efeitos da progesterona. Quando o útero sai da cavidade uterina, repousa sobre os ureteres, comprimindo-os na borda pélvica. A dilatação é maior no lado direito - o lado esquerdo é acolchoado pelo cólon sigmóide.

O fluxo plasmático renal aumenta no início da gravidez e diminui para níveis não-gravídicos no terceiro trimestre. Estas alterações podem decorrer do lacto gênio placentário.
Pode ficar evidenciada a glicosúria - por causa do aumento na filtração glomerular sem aumento na capacidade de reabsorção tubular da glicose filtrada.

Para o final da gravidez, a pressão da parte fetal apresentada compromete a drenagem de sangue e linfa da base da bexiga, deixando, com freqüência, a área edemaciada, facilmente traumatizada e mais suscetível à infecção Nettina (2003 p1080)".

Sistema respiratório 

No sistema respiratório, há um aumento da exigência de oxigênio materno em resposta à aceleração do metabolismo e à hipertrofia dos tecidos uterinos e mamários, uma vez que o feto necessita receber oxigênio e eliminar gás carbônico através da mãe. (BARROS, 2006).

Segundo Rezende (2005), em estudos radiológicos consignaram que o diafragma se eleva de cerca de 4 cm, ampliando-se o diâmetro transverso em 2 cm. Smeltzer e Bare (2006), afirmam que, o gradil torácico expande seu diâmetro ântero-posterior, provocando o batimento das costelas decorrente da maior mobilidade das articulações costais. A respiração é mais diafragmática que costal.
Para Barros (2006), a gestante respira mais profundamente, e sua freqüência respiratória aumenta em duas respirações por minuto, causando um aumento de 40% no volume respiratório por minuto. Rezende (2005) ainda acrescenta que, clinicamente ocorre hiperventilação, para o qual contribui, relevantemente a progesterona.

De acordo com Barros (2006), a ação hormonal (estrógeno e progesterona) é responsável pela maior sensibilidade do centro respiratório ao dióxido de carbono. Sabe-se que a gestante está mais consciente da sua respiração; em alguns casos há queixa de dispnéia ao repousar. Para Rezende (2005), a progesterona atuaria por um dos seguintes mecanismos: baixando o limiar de sensibilidade do centro respiratório para o CO2, ou estimulando-o independentemente. A hiperventilação facilita o transporte de CO2 do feto para a mãe e parece promover liberação maior do oxigênio do sangue materno para o concepto.

Constituem modificações gravídicas no equilíbrio acidobásico a hipocapnia, a elevação discreta nos ácidos metabólica e a mudança do pH para o limite superior normal, configurando a alcalose respiratória compensada. (REZENDE, 2005)
Segundo Barros (2006), aproximadamente 60% das gestantes apresentam queixa de dispnéia. Rezende (2005) ainda acrescenta que, diversas explicações foram aventadas, incluindo a hiperventilação, por efeito da progesterona, em resposta à hipercapnia ou à redução na capacidade de difusão.

No que diz respeito à vascularização, o trato respiratório superior fica mais vascularizado em resposta ao aumento de estrogênio no organismo da grávida. Os capilares do trato respiratório podem tornar-se ingurgitados, o que provocará irritação e edema do nariz, laringe, faringe, traquéia e brônquios. As manifestações mais comuns são de congestão nasal, epistaxe e alteração no tom de voz. (BARROS, 2006).

Sistema tegumentar

O estado gestacional é uma constante mudança na mulher e em todos os seus sistemas, nas alterações tegumentares inclui-se um dos problemas para a gestante, as estrias e manchas no rosto, por exemplo, que ao fim do período podem se tornar motivo para uma baixa alto-estima apresentam-se agora (REZENDE, 2006).
Segundo Rezende (2006), cerca de metade das mulheres grávidas exibe estrias no abdômen, por vezes presentes também nos seios, iniciando com pigmentação avermelhada e em seguida tornam-se brancas ou nacaradas, persistindo indelevelmente.

Nettina (2003) afirma, as estrias gravídicas aparecem, nos meses seguintes da gestação, como faixas avermelhadas e deprimidas na pele do abdômen e, ocasionalmente, nos seios e coxas.O aparecimento de estrias deve-se á distensão acentuada da pele.
"Há uma hiperpigmentação da pele devido ao aumento do hormônio melanina. A linha mediana do abdome passa a ser linha negra. No rosto às vezes surge o cloasma, mancha em forma de máscara que recobre a testa, a raiz do nariz e a região malar. A hiperpigmentação desaparece apôs o parto. Junto ao couro cabeludo, surge uma lanugem - o sinal de Halban -, que se intensifica durante a gestação e cai apôs o parto (GONZALEZ, 2003 p100)".

Sistema músculo esquelético

Durante a gravidez, o organismo da mulher está sujeito a muitas alterações hormonais e anatômicas que têm repercussão no sistema musculoesquelético.

Essas alterações podem ser desencadeadoras de danos ou agravar algum estado de complicação prévia ao ciclo gravídico-puerperal. As alterações fisiológicas e o ganho de peso fazem que a gestante mude a forma de deambular e sua postura. (BARROS, 2006).

Segundo Smeltzer e Bare (2006):
"O centro da gravidade desloca-se secundariamente ao aumento no ganho de peso, retenção hídrica, lordose e ligamentos móveis. Esta mobilidade e a alteração no centro de gravidade contribuem para a alteração da postura materna e para a dor lombar".
Para Barros (2006), o crescimento do útero inclina a pelve parafrente e, somado à redução do tônus da musculatura abdominal, exige que a coluna se realinhe, principalmente no final da gestação. Há um aumento na curvatura lombossacral normal e uma curvatura compensatória na região cervicodorsal; ambas para auxiliar na manutenção do equilíbrio. As alterações posturais durante a gestação podem ser responsáveis por alguns desconfortos, como a dor lombar. Esse desconforto é ainda mais acentuado quando a mulher apresenta alterações posturais prévias à gestação e nas multíparas.

As articulações apresentam maior mobilidade durante a gestação, notadamente as sacro-ilíacas e a sínfise pubiana. A principal resultante dessas modificações é o aumento na capacidade pélvica, favorecendo a disjunção sinfisária e os movimentos de nutação do sacro. Essa crescente mobilidade das articulações contribui para transformas a postura materna e causa desconforto nos segmentos inferiores da coluna vertebral. (REZENDE, 2005)

Smeltzer e Bare (2006), afirmam que, a crescente mobilidade das articulações sacroilíaca, sacrococcígea e pélvica durante a gravidez é conseqüência das alterações hormonais, especificamente da relaxina, que para Barros contribui no relaxamento e amolecimento dos tecidos.
No último trimestre a gestante sente, eventualmente, dores, dormências, acroparestesias, e fraqueza nas extremidades superiores como resultado, provavelmente, da acentuada lordose e flexão concomitante do pescoço, com distensão da cintura escapular, o que, por sua vez, produz tração no nervo cubital e no mediano. (REZENDE, 2005)

Segundo Smeltzer e Bare (2006), a separação dos músculos retos, devido à pressão do útero em crescimento, cria diástase dos retos. Quando intensa, porção da parede uterina anterior é coberta apenas por uma camada da pele, fáscia e peritônio.

Sistema Gastrintestinal 

Segundo Rezende (2005), distúrbios sistema gastrintestinal constituem problemas mais freqüentes em gestações normais, não complicadas. A gravidez exerce pouca ou nenhuma influência sobre a secreção ou a absorção gastrintestinal, mas grande efeito sobre a sua motilidade. Estudos recentes sugerem que essas alterações na motilidade estão relacionadas com os teores crescentes de hormônios sexuais femininos do que, como se acreditava anteriormente, do útero em crescimento. Mais da metade das gestantes refere aumento do apetite e da sede; número expressivo tem alterações que começam no primeiro trimestre e podem persistir por toda prenhez, ou declinar nos últimos meses.

Na grávida, logo no início da gestação ocorre oscilação no apetite e na sede, o que persiste até o termo. A explicação está ligada á redução dos níveis de glicose e aminoácidos, configurando as alterações metabólicas durante a gestação. No início da gravidez, algumas mulheres apresentam náuseas matinais, em resposta aos níveis crescentes de hormônio gonadotrofina coriônicas e à alteração mo metabolismo de carboidratos. Essas alterações desaparecem no final do primeiro trimestre e no final do segundo trimestre, o apetite aumenta em resposta ás demandas das necessidades metabólicas (BARROS, 2006).

Nettina (2003), afirma que o tônus e a motilidade do trato gastrintestinal diminuem, levando ao prolongamento do esvaziamento gástrico decorrente da grande quantidade de progesterona produzida pela placenta. Diminuição da motilidade, obstrução mecânica pelo fato de menor absorção de água do cólon levam à constipação.

A Boca

Para Rezende (2005), as gengivas apresentam, muitas vezes, hiperemia e edema, sangrando com facilidade. Isso é devido à influência dos hormônios sexuais nas mucosas humanas e, de forma geral, em todos os seus tecidos; e é bem nítida durante a prenhez, como também se faz sentir em outros estádios do desenvolvimento feminino e nas usuárias de anticoncepcionais orais. Está também provado que esses hormônios participam ativamente, da etiopatogenia da gengivite gravídica.
É de observação generalizada o aumento da inflamação gengival durante a gravidez, a partir do primeiro trimestre, coincidindo com a produção máxima de gonadotrofinas e, mais tarde, com a ascensão nos teores de estrogênios e de progesterona. A gestação aumenta a gravidade da reação inflamatória gengival, mas não a inicia ou deflagra. Boa higiene bucal e mucosa sadia, ao iniciar a prenhez, asseguram a higidez do periodonto e, conseqüentemente, dos próprios dentes (REZENDE, 2005).

Esôfago

Pirose ou azia ocorre em 30 a 50% de todas as gestações; embora alguns autores atribuam maior incidência depois de 5 meses, outros a encontram muito mais alta (52%) no primeiro trimestre. Na patogênese do refluxo gastroesofagiano envolve fatores mecânicos e intrínsecos que reduzem o tônus do esfíncter esofagiano inferior. A elevação na pressão intra-abdominal, promovida pelo útero em crescimento, faz acrescentar a pressão daquele esfíncter, funcionando como mecanismo protetor contra o refluxo. Os sintomas quando a refluxo são: a pirose ou azia e a regurgitação, que pioram à medida que a gravidez avança, agravados pela ingestão de alimentos e pela posição de decúbito (IDEM).

Estômago

O estômago tem alterada a sua topografia; com a elevação do fundo uterino, sofre rotação para a direita e deslocamento da posição anatômica. Há fortes evidências de estar a secreção gástrica diminuída; a dosagem de pepsina no sangue refletindo a secreção gástrica, também revela teores reduzidos, durante a prenhez. Assim a pequena produção de pepsina, como motilidade diminuída do estômago, sugerem esteja o tônus vagal mais baixo, e em parte responsável pela menor resposta à histamina (REZENDE, 2005).

Intestinos

As alças delgadas são empurradas para cima e para a esquerda, e, enquanto o intestino grosso se eleva, na sua porção transversa, o apêndice desvia-se para a direita. A constipação e o meteorismo constituem a principal queixa relacionada com o sistema intestinal.O trânsito pelo delgado é mais prolongado na gravidez, e provavelmente conseqüência dos teores crescentes de progesterona. Não se pode excluir o peso do útero grávido como causa de dificuldade mecânica ao trânsito intestinal principalmente nas últimas semanas (REZENDE, 2005).

Fígado
 
Do ponto de vista anatômico, sofre o fígado pequenas modificações.Cresce ligeiramente, e ao final da prenhez é deslocado para a direita e para cima. Por sua participação em grande parte dos processos metabólicos, algumas de suas funções fazem-se alhures, durante a prenhez, havendo organização da bioquímica hepática, para manter as transformações energéticas, liberar metabólitos e regular, em níveis adequados, os hormônios circulantes. Em relação à função biliar registra-se ligeiro aumento na bilirrubina, mais acentuado durante o parto. Em conseqüência surge a urobilina (IDEM).

Pâncreas

É notório a hiperplasia das ilhotas de Langerhans, com aspecto de hipersecreção. Na gravidez o aumento da insulina livre no plasma, mais evidente ao início da prenhez. A hipersecreção corresponde a maior consumo, sobretudo por parte do útero e do concepto; segundo o mesmo autor acima citado.

Enzimas

Rezende (2005), afirma que ao lado dos hormônios, desempenham as enzimas função primordial no metabolismo. Pode-se afirmar que são catalisadoras básicas de todas as reações que se processam no organismo, e as propriedades e constituintes de cada tipo de célula e tecido parecem determinadas pelo conjunto de enzimas presentes. Elas permitem a transferência de certas substâncias essenciais à nutrição e ao desenvolvimento do concepto através da placenta contra o gradiente de concentração.

O comportamento de algumas enzimas envolvidas no metabolismo da gestação:

1."Enzimas essenciais a nutrição do ovo:
·Glicose -6-fosfatase tem a função de liberar o elemento principal para produção de energia vital à nutrição e desenvolvimento do concepto;
·Desidrogenase isocítrica são enzimas envolvidas no ciclo de Krebs e participam da fisiologia nutricional do endométrio;
·Fosfatase alcalina funciona através do transporte da membrana celular .
2.Enzimasessenciais à proteção do concepto e a manutenção da prenhez:
·Plasmina e plasminogênio constituem sistema vascular protetor destinado a manter o fluxo vascular, auxiliando na dissolução da fibrina;
·Colinesterase, acetilcolinesterase são essenciais ao equilíbrio do tono vascular e do fluxo sanguíneo;
·Histaminase contribuem para manutenção do tono vascular;
·Fosfatase ácida participa do mecanismo desintoxicante da célula;
·Transaminases não se modificam durante o ciclo;
·Ocitocinase sua ação primordial na neutralização da ocitocina durante a gestação, impedindo até certo ponto, o desencadeamento do parto".

Sistema Neurológico

A gestante apresenta muitas manifestações susceptíveis de serem atribuídas ao sistema central ou neurovegetativo: como distúrbios passageiros nas funções motoras, sensitivas ou mentais, como tremores, contraturas, convulsões, hiperêmese, parestesias, hipotonia gastrintestinal e vesical, alterações vasomotoras, etc. Os grandes integradores das funções orgânicas, os sistemas endócrino e nervoso, comportam-se de modo complexo, e ainda obscuro, para que, atualmente, possa ser compreendido o papel específico de cada um (REZENDE, 2005).

Episódios de convulsões, por exemplo podem ocorrer por excessiva retenção líquida, ou hiperventilação; crises freqüentes de enxaqueca são atribuídas ao armazenamento aquoso, condições ambas triviais em reações maníacas ou hipomaníacas, consideradas por muitos como psicogênicas podem ser causadas por alterações bioquímicas peculiares à gravidez. A progesterona exerce ação comprovadamente depressora sobre o sistema nervoso central, produzindo sonolência, fadiga e alentecimento psicomotor. Durante o ciclo gravídico podem ocorrer seqüelas de hipotensão prolongada, anoxia, uso longo de corticoesteróides, doses excessivas de vitaminas A e D, infecções ou intoxicações agudas, eclampsia (IDEM).

Barros (2006) destaca que a interpretação das alterações neurológica na gravidez é complexa, pois elas não se distinguem facilmente das alterações glandulares, hormonais e metabólicas.

Nettina (2003), afirma que geralmente não ocorrem alterações no sistema neurológico sendo a: cefaléia frontal comum nos primeiro e segundo trimestres, relacionadas à tensão ou alterações hormonais; a tonteira é freqüente e se relaciona à instabilidade vasomotora, hipotensão postural ou hipoglicemia depois de longos períodos em pé ou sentada; as sensações de formigamento nas mãos são comuns, sendo geradas pela hiperventilação excessiva que diminui os níveis da PCO2 .

Os órgãos dos sentidos

Rezende (2005), afirma que a mais notável transformação nos órgãos sensoriais, em decorrência da prenhez, é o aumento na sua vascularização, fenômeno que parece determinado por influência hormonal, sobretudo pela ação dos estrogênios que produzem efeito proliferativo específico e distúrbios secundários a hiperemia, mercê da propriedade de liberar acetilcolina.

O autor afirma:
·"Aspectos Oftalmológicos: é comum certo grau de hipertensão ocular no último trimestre conseqüente a estreitamento arteriolar e/ou espasmos. A oftalmoscopia direta, caracteriza-se o espasmo arteriolar pelas contricções arteriolares localizadas e presença de edema.

·Aspectos Otorrinolaringológicos: desenvolve-se a vascularização da mucosa nasal, por influência hormonal, não sendo de estranhar a ocorrência de epistaxe durante a gravidez. Ainda em conseqüência do maior afluxo sangüíneo, verifica-se crescimento na espessura da mucosa, obstrução nasal, uni ou bilateral e erinite vasomotora. O intumescimento da mucosa nasal acarreta o fechamento da fenda olfativa e impede que as partículas odoríferas cheguem até as terminações do nervo, na parte mais alta das fossas nasais. Parece diminuir a acuidade auditiva durante a gestação; agravam-se os casos de oterosclerose e a tal ponto que muitos indicam a interrupção da prenhez em pacientes daquele mal. Certas grávidas queixam-se de sensações sonoras várias principalmente zumbidos.

·O Tato: manifestações parestésicas não são raras durante a gravidez especialmente notadas nas extremidades, e são ligadas a alterações vasomotoras, deficiência dietética ou metabólica".

Barros (2006), afirma que as alterações fisiológicas especificas, resultantes da gestação, podem comprimir os nervos pélvicos por causa do aumento do útero, alterando a sensibilidade dos membros inferiores, outra alteração é a dor lombar causada pela compressão das raízes nervosas. A progesterona exerce ação depressora sobre o sistema nervoso central, o que desencadeia quadros de sonolência e fadiga.

Modificações psíquicas

A partir do momento em que a mulher entra no período gestacional, iniciará um processo de desenvolvimento que conduzira a várias transformações orgânicas e expressivas mudanças a nível bio-psico-social, emocional mente a mulher pode não se sentir atraente ou feminina, diminuindo com isto sua auto-estima e ainda pode ser conflitante estar num momento culturalmente considerado divino e, ao mesmo tempo, não estar gostando de si mesma (BALLONE, 2002).O autor ainda discorre,

"A sexualidade da mulher na gravidez dependerá, entre outros motivos, de como ela se percebe, se avalia e se valoriza, nessa fase. Enfim, dependerá grandemente de sua auto-estima. Sentir-se amada e atraente, além da realidade dos fatos de estar sendo, de fato amada e de ser, de fato atraente, além dos esforços de seu companheiro em deixar claro seu sentimento por ela, depende decisivamente de sua auto-estima e, conseqüentemente, de sua afetividade".
"Do ponto de vista psicológico, a partir do terceiro trimestre acentuam-se ainda mais os movimentos fetais, os quais já podem ser percebidos no contato corporal ou até visíveis. Esses movimentos representam, do ponto de vista psicológico, presença viva do filho, a interpor-se entre o casal. Estes movimentos também podem inibir as manifestações da sexualidade".

"Ainda emocionalmente, a associação inconsciente entre a esposa grávida e a figura de sua própria mãe pode ocorrer, dando um forte componente incestuoso à relação, com bloqueio quase total da sexualidade".

De acordo com Ballone (2004), para o casal a gravidez é um período de adaptações. São adaptações em todos os sentidos; adaptações físicas, emocionais, existenciais e também sexuais. É importante ressaltar que a necessidade de adaptação não afeta só a mulher, nessa fase, mas também o homem.
Emocionalmente, a mulher pode não se sentir atraente ou feminina, diminuindo com isto sua auto-estima. Pode ser conflitante estar num momento culturalmente considerado divino e, ao mesmo tempo, não estar gostando de si mesma.

Os homens, por outro lado, não têm alterações orgânicas, mas podem ser afetados por questões emocionais, tais como a ansiedade em relação ao parto, à criação do filho, à responsabilidade de ser pai etc (BALLONE, 2004).
Ballone (2004), relata:

"Conflitos decorrentes do medo da perda da individualidade, da divisão do amor pelo parceiro(a) por mais outra pessoa (filho), da insegurança em relação às modificações físicas, podem surgir e a gravidez pode se transformar numa ameaça à relação do casal, principalmente se essa relação possuir, previamente, um frágil equilíbrio. Por inúmeras razões, de emocionais até práticas, a mulher pode começar a excluir progressivamente o parceiro de sua vida. Com isso, o homem poderá sentir intenso ciúme do filho que vai nascer, mágoa por essa "deslealdade", repulsa por alguém que "não lhe quer mais". É muito importante enfatizar que nem todos os casais vivenciam tais problemas e que a intensidade com que essa crise da gravidez é vivida pelo casal é extremamente variável".
Nicácio (2006), a partir do momento em que a mulher entra no período gestacional, iniciará um processo de desenvolvimento que conduzira a várias transformações orgânicas e expressivas mudanças a nível bio-psico-social, emocional mente a mulher pode não se sentir atraente ou feminina, diminuindo com isto sua auto-estima e ainda pode ser conflitante estar num momento culturalmente considerado divino e, ao mesmo tempo, não estar gostando de si mesma.

A autora acima, ainda discorre,
"A sexualidade da mulher na gravidez dependerá, entre outros motivos, de como ela se percebe, se avalia e se valoriza, nessa fase. Enfim, dependerá grandemente de sua auto-estima. Sentir-se amada e atraente, além da realidade dos fatos de estar sendo, de fato amada e de ser, de fato atraente, além dos esforços de seu companheiro em deixar claro seu sentimento por ela, depende decisivamente de sua auto-estima e, conseqüentemente, de sua afetividade.
Do ponto de vista psicológico, a partir do terceiro trimestre acentua-se ainda mais os movimentos fetais, os quais já podem ser percebidos no contato corporal ou até visíveis.

Esses movimentos representam, do ponto de vista psicológico, presença viva do filho, a interpor-se entre o casal. Estes movimentos também podem inibir as manifestações da sexualidade.

Ainda emocionalmente, a associação inconsciente entre a esposa grávida e a figura de sua própria mãe pode ocorrer, dando um forte componente incestuoso à relação, com bloqueio quase total da sexualidade".

A mulher passa por alterações psicológicas desde a descoberta da gravidez ao puerpério, a mulher na maioria das vezes mesmo sem a certeza da existência do feto consegue sentir de forma psicológica (sonhos, intuições) a sua presença e as alterações psíquicas tornam-na mais sensível e dão início a uma relação materno-filial, a partir deste momento se instala a vivência básica da gravidez, que é a ambivalência afetiva, onde este fenômeno significativo. Além dessa a gravidez implicam na perspectiva de grandes mudanças, interpessoais, intrapsíquicas.

Na gravidez é comum o aumento de apetite, que ás vezes atinge graus de extrema veracidade com o conseqüente aumento de peso, ocorrem também oscilações de humor, tão freqüente desde o inicio da gravidez, estão intimamente relacionadas com alterações do metabolismo (NICÁCIO, 2006).

O mesmo autor acima, afirma que aumento da sensibilidade está intimamente ligado a estas oscilações de humor, além de haver, em geral, maior sensibilidade nas áreas de olfato, paladar e audição, isto se expressa também na área emocional através do aumento da irritabilidade, a mulher fica mais irritada e vulnerável a certos estímulos externos que anteriormente não a afetavam tanto, chora e ri mais facilmente.

O quadro tende a se estabilizar no segundo trimestre, porém, a ansiedade retorna no terceiro trimestre com aaproximação do parto, não saber reconhecer os sinais do parto e se pega de surpresa, ésentido como situação de passagem de um estado a outro, cuja principal característica é a irreversibilidade, ou seja, é uma situação que precisa ver enfrentada de qualquer forma, e tudo isso contribui para o aumento da ansiedade e da insegurança com a proximidade da data prevista é a incapacidade de saber como vai ser o desenrolar no trabalho de parto.

Nicácio (2006) cita,
"O puerpério, assim como a gravidez, é um período bastante vulnerável à ocorrência de crises. O primeiro dia após o parto é carregado de emoções intensas e variado.

A puérpera sente-se em geral debilitada e confusa. A sensação de desconforto físico devido a náuseas, dores e ao sangramento pós - parto é particularmente intensa, isso ocorre lado a lado com a excitação pelo nascimento do filho. A habilidade emocional é o padrão mais característico da primeira semana após o parto, onde surge o medo da responsabilidade de ser mãe, medo de não ter a capacidade de cuidar daquele ser que no momento é tão dependente da mãe, principalmente, ou totalmente.
A euforia e a depressão alternam-se rapidamente, esta última (depressão) podendo atingir grande intensidade. Todos esses fatores ocorrem também pela súbita queda dos níveis hormonais".

CONCLUSÃO

Sabemos que após o diagnóstico de gravidez a gestante irá se confrontar com as mais diversas dúvidas e receios,vindo a deparar com as modificações corporais e psíquicas, decorrente do estado gestacional, por este motivo espera-se que a partir desta dinâmica e estudo bibliográfico, possamos sensibilizar e esclarecer as gestantes atendidas no PSF, além de promover uma melhor gestação, humanizando o nascimento, respeitando e criando condições para atender as dimensões psicológicas, biológicas e sociais da gestante.

Ao aplicar a intervenção pretendemos obter a atenção de todos, proporcionando um momento de discussão, retirando dúvidas, num encontro dinâmico que supere as inquietações quanto o que realmente ocorre à mulher em estado gestacional.

Bem como atingir os objetivos propostos explicando as prováveis dúvidas decorrentes na gestação, informando as alterações corporais e emocionais na gravidez. As categorias explicativas apresentadas e seu significado serão expostos de maneira fácil e compreensível. Portanto os recursos utilizados possibilitarão a sensação de maior proximidade compreensão da perspectiva das gestantes, maridos e família.

A gravidez, é um período de constantes modificações físicas, psicológicas e sociais na vida de uma mulher grávida e de todos que a cercam. As condições de gerar um filho, surge a necessidade de novas adaptações.

A convivência grupal possibilita a geração de conhecimento, uma vez que nela são expressos saberes de cada um. A formação de um espaço de trocas de experiências é uma condição indispensável para que cada participante enfrente situações de mudanças.

Esta atividade realizada, deveria ser mais utilizada, pelos profissionais de saúde como uma fonte para desempenhar um papel esclarecedor para as gestantes.
O enfoque do assunto apresentado, foi a maneira como uma mulher grávida pode se comportar diante de modificações tão visíveis no período de gestação. E mostrar a elas como enfrentar essas alterações.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALLONE, GJ -Gravidez e Sexualidade, in. PsiqWeb. Disponível em: www.psiqweb.med.br. Revisto em 2004
BALLONE, GJ – Sexualidade na Gravidez, in. PsiqWeb, Psiquiatria Geral. Disponível em: http://gballone.sites.uol.com.br/mulher/gravisex.htm. Revisto em 2002.
BARROS, Sônia Maria de Oliveira de. Enfermagem no ciclo gravídico puerperal. São Paulo: Manole, 2006. 1ªed.
MONTENEGRO, Rezende. Obstetrícia fundamental. Rio de Janeiro: Guanabara e koogan, 2006. 10 ed.
NETTINA, Sandra M. Prática de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara e koogan, 2003. 7ªed.
NICÁCIO, Flávia da Silva.Aspectos psicológicos da gestante. Disponível em:http://saude.hsw.uol.com.br/alteracoes-psicologicas-na-gravidez.htm. Ano: 2006.
REZENDE, Jorge de. Obstetrícia.Rio de Janeiro: Guanabara e koogan, 2005. 10ªed.
SMELTZER, Suzanne C., e Bremda G. Bare. Brunner & Suddarth – Tratadado de enfermagem médico cirúrgica. Rio de janeiro: Guanabara e koogan, 2006. 10ªed.
ZIEGEL, Erna e Meca S. Cranley. Enfermagem Obstétrica. Rio de janeiro: Guanabara e koogan, 1985. 8ªed.
1Acadêmica da FASB, enfermagem, naraenfermeira@hotmail.com; 2Acadêmica da FASB, enfermagem, Juliana_carolina@alunos.fasb.edu.br;
3Acadêmica da FASB, enfermagem, kari.araujo@hotmail.com;4Acadêmica da FASB, enfermagem, kauancosta@alunos.fasb.edu.br; 5Acadêmica da FASB, enfermagem katrinna_porto@hotmail.com; 6Acadêmica da FASB, enfermagem, luci_ba@alunos.fasb.edu.br; 7Orientadora, enfermeira especialista em medicina social ,ISC/UFBA; especialista em auditoria de sistemas de saúde/ Faculdade Estácio de Sá e professora da disciplina Cuidados de Enfermagem no Ciclo gravídico puerperal pela FASB; 8Acadêmica da FASB, enfermagem, thiarabruna19@hotmail.com.

Fonte: Web artigos

sábado, 23 de outubro de 2010

As dores da gravidez

 *Por Ribeiro de Lemos Fontana
Fisioterapeuta

Um grande número de mulheres grávidas parece sentir dor nas costas, ou dor associada às articulações das ancas, em qualquer fase. A maioria desses incómodos pode ser explicada pelo efeito relaxante e suavizante das hormonas durante a gravidez, como a progesterona e a relaxina. Somam-se a isso o aumento de peso, a retenção de líquidos e mudanças posturais.

O útero crescente e os seus conteúdos podem dar margem a fortes dores de “puxão”, “pressão” e “aperto”, entre outras. Para enfrentar o problema, podem ser ensinadas estratégias de auto-ajuda, de modo a que as mulheres sejam capazes de se tratar, desde que seja feito o diagnóstico correcto.

 Diferenças

A intensidade e a duração da dor são geralmente flutuantes e podem variar de uma gravidez para a outra. Existem diferenças: uma mulher queixa-se de uma pequena rigidez passageira ou incómodo, enquanto outra fica completamente incapacitada.

As pesquisas indicam que, para cerca de 50% das mulheres grávidas, a dor é de intensidade e duração suficientes para interferir no seu estilo de vida; para 1/3 delas, a dor é muito grave. O primeiro episódio de dor numa gravidez pode ocorrer em qualquer etapa, mas para a maioria é entreo 4º e 7º mês.

Estudos revelaram que a maioria das sofredoras tem dor na parte inferior das costas; para cerca de metade delas, a dor irradia para as nádegas e coxas e ocasionalmente até às pernas, como ciática. Em muitos casos, a dor nas costas torna-se pior quando a grávida está de pé, se senta, se inclina para a frente, levanta pesos e caminha – ou seja, quando faz movimentos básicos.
É digno de nota que a dor nas costas antes da gravidez não leva inevitavelmente à dor nas costas durante a gravidez. Algumas mulheres sentem menos dor nas costas do que de costume enquanto grávidas. Como explicar isso?

As alterações na carga e na postura da coluna, que mostram ser benéficas, e o efeito de “apoio” do útero ascendente, limitando o movimento do tronco, têm sido sugeridas como explicações.

Naturalmente, não deve ser esquecido o andamento natural dos processos de cura.
É geralmente aceite que a fadiga e a maior mobilidade das articulações, aliadas às mudanças induzidas pelas hormonas no colágeno, o facto de o colágeno remodelado ter um volume maior e causar pressão nas estruturas sensíveis à dor, o aumento de peso com maior carga espinal, as adaptações necessárias à postura, e a pressão do feto em crescimento, são factores que poderiam explicar a maior incidência de dor nas costas nas mulheres grávidas, em comparação com as não-grávidas.

Prevenção

O fisioterapeuta obstetra tem como principal objectivo ajudar a evitar que as mulheres grávidas tenham qualquer dor nas costas antes do parto. Isso não será possível em todos os casos, mas a dor mais intensa pode ser evitada ou pelo menos amenizada.

O simples uso prudente das costas pode ajudar. É importante que a mulher tome consciência do próprio corpo, e procure entender e conter qualquer dor que esteja a sentir antes de ficar grávida, mesmo que não haja uma correlação clara entre a dor nas costas antes e depois da gravidez.

As aulas pré-natais devem incluir o treino da percepção do corpo e conselhos adequados sobre o cuidado com as costas, com regular reforço e correcção quando necessário.
Veja os nossos quadros de sugestões para evitar dor e incómodo nas posições básicas.

Repouso e exercícios

A mulher grávida deve ser treinada a reconhecer as sensações do próprio corpo, como conforto, bem-estar, esforço e fadiga. As actividades precisam de ser interrompidas antes e não depois que causem dor. A causa de qualquer dor nas costas deve ser procurada retrospectivamente, a fim de evitar que se repita.

Na fase aguda da dor, é necessário repouso. A mulher deve entender bem o que pode ou não fazer. Deve ser libertada das actividades, para repouso adequado e informada quanto às adaptações necessárias.

Quando o estado é menos agudo, ainda assim é prudente uma redução das actividades em geral. O sono restaurador é a principal prioridade. A dor e o espasmo muscular reagem bem a um pouco de calor, massagem, manipulação e alongamento, com a paciente deitada de lado, se for preciso.

Se o seu estado começa a melhorar, deve ser instituído um plano de exercícios, para recuperar a força. A água é um meio agradável para esse fim.

Deitar.

As posições confortáveis de repouso e sono são obrigatórias. O peso crescente pode tornar o leito abaulado, tornando necessário apoio adicional para o colchão.


 Dada a largura das ancas e o peso do abdómen, a grávida costuma girar a pelve para a frente quando está deitada de lado, a fim de descansar a perna e o abdómen. Essa rotação adicional pode ser suficiente para causar dor e o peso que arrasta pode ser suficiente para forçar a articulação da anca. As almofadas sob a parte superior da coxa e entre os joelhos resolvem isso.

Na posição supina (barriga para cima), as mulheres costumam ficar mais confortáveis com almofadas sob as coxas. Mas é desaconselhável ficar nessa posição durante períodos prolongados no fim da gravidez.

Quando a mulher tem que se levantar várias vezes à noite para urinar, torna-se importante que ela saiba a melhor maneira de sair da cama, sem forçar a coluna. Isso é feito flexionando os joelhos, virando-se para o lado e sentando-se lateralmente, empurrando com os braços enquanto deixa cair as pernas sobre a parte lateral da cama. Para voltar à cama, o processo é inverso.

Com muitas mulheres a trabalhar em cargos exigentes, é necessário sublinhar a grande importância do repouso adequado. A dor nas costas pode ser simplesmente uma queixa corporal, para quem está a ser pressionada física e mentalmente.

Problemas de exaustão, ansiedade sobre a gravidez, falta de apoio necessário, dificuldades domésticas e financeiras predispõem à fadiga, insónia, tensão e acidentes e darão margem à dor. As queixas de dor podem ser um brado de alerta ou pedido de atenção e ajuda.

Sentar.

Teoricamente, o assento é do tamanho das coxas e das nádegas, e a sua altura é a distância do tornozelo ao joelho, de modo que as ancas e as coxas ficam em ângulo recto. O contorno do encosto da cadeira deve coincidir com as curvas da coluna e apoiá-la numa boa postura sentada. As nádegas devem ficar bem no fundo no assento da cadeira.


Um apoio firme na região lombar mostrou ser muito importante para evitar e aliviar a dor das costas na gravidez. As mulheres são estimuladas a sentarem-se direitas.

É desaconselhável ficar sentada durante longos períodos. As mudanças frequentes de posição são importantes para prevenir a dor nas costas e amenizar os distúrbios circulatórios.


Ficar em pé e caminhar.

Caminhar é preferível a ficar em pé, mesmo para uma gestante, devido aos efeitos circulatórios e de movimento. Uma pequena caminhada é um bom exercício diário aceitável para a maioria das pessoas. Entretanto, andar muito pode provocar dor.


As actividades devem permitir à grávida ficar em pé, direita, ou sentar-se numa boa posição. Inclinar-se para a frente, por pouco que seja, e girar muitas vezes o tronco parecem ser os factores ligados com a dor nas costas.
Quando for preciso ficar em pé durante muito tempo, deve-se fazer isso apoiando um pé num suporte elevado, intercalando os pés no suporte.




Baixar-se e levantar pesos

Levantar pesos grandes deve ser evitado ou dividido com outra pessoa. O corpo tem que lidar com o próprio peso aumentado, e as articulações relaxadas são inclinadas ao stresse. Carregar pesos deve ser reduzido ao mínimo. As roupas devem ser leves. Os pacotes devem ter duas cargas iguais, em vez de uma, que força o corpo a uma inclinação lateral do tronco.


Desde o início da gravidez, a mulher deve ser orientada a inclinar as ancas e joelhos em vez das costas ao baixar-se. Por isso, algumas musculaturas deverão ser reforçadas.

Vale a pena ressaltar a importância dos princípios ergonómicos em relação aos cuidados e equipamentos para o bebé, promovendo soluções para o problema de dor nas costas, como o banho do bebé e a mudança de fraldas.

Fonte: Saudelar

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Cientistas descobrem a causa da hipertensão durante a gravidez

Cientistas descobriram um mecanismo que aumenta a pressão arterial em pré-eclâmpsia, uma condição que pode levar à morte durante a gravidez. A descoberta ainda pode ajudar a desenvolver novos medicamentos para a hipertensão.

 Pesquisadores das universidades britânicas Cambridge e Nottingham decifraram o primeiro passo do processo principal que controla a pressão arterial --a liberação de um hormônio chamado angiotensina, desde a sua fonte proteica, o angiotensinogênio.

"Embora tenhamos focado principalmente na pré-eclâmpsia, a pesquisa também abre novas pistas para futuras investigações sobre as causas da hipertensão arterial em geral", disse Zhou Aiwu da Universidade de Cambridge, cujo trabalho foi publicado na revista "Nature".
Especialistas estimam que o custo do tratamento de mulheres grávidas com pré-eclâmpsia é de US $ 45 bilhões por ano nos Estados Unidos, Europa, Ásia, Austrália e Nova Zelândia. Nos países em desenvolvimento, estima-se que 75.000 mulheres morrem a cada ano devido à condição.
 
Se as mães e seus bebês sobrevivem, as mulheres correm um maior risco de sofrer pressão alta, doença cardíaca, derrame e diabetes. Os bebês geralmente nascem prematuros e podem sofrer complicações mais tarde na vida.
 
A hipertensão é classificada como o maior fator de risco para as causas de morte no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
As drogas usadas atualmente para tratar a pressão arterial elevada incluem inibidores que bloqueiam a produção de angiotensina, ou bloqueadores dos receptores da angiotensina, que impedem o efeito da angiotensina no corpo após sua liberação.
 
Robin Carrell, que liderou o projeto de pesquisa por 20 anos, disse que esses tipos de drogas geralmente funcionam bem no tratamento da hipertensão padrão, mas não podem ser administrados a mulheres grávidas, uma vez que representam um risco para o desenvolvimento do bebê.
Para o estudo, os cientistas usaram um feixe de raio-X intenso para analisar a estrutura do angiotensinogênio e descobriram que ele pode ser oxidado e se transforma numa enzima chamada renina. Em seguida, a renina interage com a proteína para liberar o hormônio angiotensina, que por sua vez aumenta a pressão arterial.
 
Os investigadores de Nottingham testaram os resultados de laboratório em análises de amostras de sangue de mulheres com pré-eclâmpsia e pessoas com pressão arterial normal. Eles verificaram que a quantidade de angiotensinogênio oxidado --e, portanto, mais ativo-- foi maior em mulheres com pré-eclâmpsia.
 
Carrel disse que a primeira etapa do trabalho ajudou a explicar por que a pressão arterial elevada, por vezes, ocorre na gravidez quando o corpo reajusta para a necessidade de oxigênio do feto.

Fonte: Folha online

sábado, 2 de outubro de 2010

Disfunções urogenitais são comuns em mulheres?

A área da fisioterapia em uroginecologia ainda é pouco conhecida, mas vem ganhando interesse da comunidade de acordo com os resultados positivos obtidos no tratamento de alterações que podem afetar a saúde urogenital da mulher.

Durante a vida, a mulher passa por fases em relação ao seu sistema urogenital que podem predispô-la a alterações. Por exemplo, durante a gestação pode haver uma sobrecarga do períneo, e a queda hormonal após a menopausa pode levar as estruturas musculares a se enfraquecerem.

A musculatura do períneo oferece sustentação a órgãos como útero e bexiga, e se em algum momento esta musculatura se apresentar fraca, alterações como a incontinência urinária ou fecal podem aparecer.





Após avaliação das causas da disfunção urogenital, a fisioterapia atua devolvendo a integridade da condição muscular perineal. Mesmo nos casos em que há necessidade também de correção cirúrgica, é importante o fortalecimento muscular para que não haja recorrência do problema inicial.

A incontinência urinária é a perda involuntária de urina durante a realização de um esforço, tosse, espirro, riso ou até mesmo ao ouvir barulho de água. A especialidade da uroginecologia dispõe de uma avaliação muscular específica para cada caso de incontinência urinária.

De acordo com cada caso, procede tratamento associando recursos como exercícios perineais específicos, indicação do uso de cones vaginais, conscientização da musculatura e também eletroestimulação quando a mulher já não apresenta força muscular suficiente para contrair o períneo.

Outras queixas que a uroginecologia também pode tratar são as relacionadas com a conhecida TPM, cólica menstrual aguda, endometriose e a dor ou desconforto durante a relação sexual. Nestes casos, a fisioterapia pode orientar técnicas e exercícios específicos para o alívio dos sintomas destas afecções.

No dia-a-dia, a mulher pode adotar hábitos que ajudam a manter a boa saúde urogenital de forma a amenizar ou prevenir alterações que podem se instalar.


Mitos e Verdades

- Mito: acreditar que a mulher, após a menopausa, desenvolverá algum grau de incontinência urinária, pois esta só se justifica havendo algo errado. Portanto, a incontinência urinária não é normal em idade alguma.

- Verdade: um bom trabalho de fortalecimento da musculatura perineal, além de tratar ou prevenir a incontinência urinária, traz também melhora da qualidade da função sexual.

Adriana Paula Fontana Carvalho, docente da área de fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia e mestre em medicina e ciências da saúde.

Fonte: Fisioterapia uroginecológica

domingo, 26 de setembro de 2010

20 dicas para ficar de bem com a balança durante a gravidez

Olá meninas, tudo bem? Recebi essa matéria do site Minha vida, e achei muito útil para quem quer manter a boa forma durante a gestação.
Confira a seguir a matéria, em destaque, as dicas que considero mais importantes!

Boa Semana á todas...

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Um dos receios mais comuns das grávidas é ganhar peso demais durante a gestação e, pior ainda, manter os quilos extras depois do parto. Para evitar o problema, o ortopedista. Ricardo Cury, da Sociedade Brasileira de Ortopedia, e a nutricionista Mariana Del Bosco Rodrigues, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), orientam as mulheres que não querem ganhar muito peso na gravidez. "É importante dissuadir-se da ideia de que é preciso comer por dois", diz Mariana. Aumentar de nove a 12 quilos é normal. Ganhar um peso muito além disso pode ser ruim tanto para mãe quanto para o bebê.

E nada de parar a ginástica. "Basta adaptar os exercícios à sua nova condição", afirma Cury. Ele explica que a grávida pode até fazer musculação, por exemplo, desde que preserve o corpo de grandes impactos. Prefira exercícios leves, para não perder o tônus, e muito alongamento para manter o equilíbrio, que será afetado com o novo peso na barriga, favorecendo problemas de coluna.

A seguir, confira 20 dicas que essa dupla de profissionais recomenda as futuras mamães passarem os nove meses esbanjando saúde.

1.  Procure alimentar-se a cada 3 horas;

2. Para contornar o enjôo matutino, deixe alimentos secos (polvilho, biscoito) ao lado da cabeceira da cama. Mande um deles para dentro antes mesmo de se levantar;

3. Cereais integrais são excelentes fontes de vitaminas do complexo B, essenciais para minimizar o desconforto com o enjôo;

4. Consuma cálcio (leite e derivados), mineral determinante para garantir a saúde óssea da mãe;

 5. Não esqueça o ferro (carne, grãos) para evitar anemia;

6. Inclua na sua dieta alimentos ricos em ácido fólico (folhas verde-escuras), pois ele garante a formação do tubo neural do bebê;

7. Coma um filé de peixe, frango ou carne magra todos os dias. Além de dar a sensação de saciedade, esses alimentos garantem proteínas suficientes para o bebê e ainda ajudam a dar elasticidade à sua pele, evitando estrias;

8. Para evitar o inchaço, comum no último trimestre, é importante ingerir bastante líquido e moderar no consumo de sal;

9. Seu prato deve ser bem colorido, o que indica a variedade de nutrientes;

10. Faça suas refeições com calma, sem pressa de engolir os alimentos. Isso facilita a sua digestão e evita que você coma mais do que sua fome exige realmente exige;

11. Cuidado com os alimentos dietéticos e adoçantes em excesso. Eles contêm substâncias químicas. Converse com seu médico a respeito;

12. Evite alimentos que contenham muita gordura, como creme de leite e alguns tipos de carnes vermelhas e embutidos;

13. Corte as frituras e empanados durante os nove meses. Estes alimentos só irão engordá-la, pois possuem um tipo de gordura que não é utilizada nem pelo seu organismo, nem pelo de seu bebê;

14. Pratique hidroginástica. É ótimo para manter em ação toda a musculatura de seu corpo e sem causar nenhum tipo de impacto que possa comprometer o bebê; 

15. Alongue-se. Ajuda a manter o equilíbrio do seu corpo e evita sobrecargas na coluna;

16. Faça musculação, mas pule os exercícios de impacto. Nessa fase, o importante é manter a forma e isso você consegue com séries leves, de menos peso, e sempre acompanhada por um instrutor;

17. Não abuse dos doces;

18. Fuja das bebidas alcoólicas;

19. Não tome remédios para emagrecer, como moderadores de apetite ou aceleradores do metabolismo. Podem fazer mal a você e ao seu bebê. Consulte sempre seu médico;

20. Não faça dieta por conta própria. Procure uma nutricionista para ajudá-la a montar um cardápio.



Fonte: Minha vida

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Estudo inédito revela que alguns pais também produzem hormônio ligado á maternidade


Pela primeira vez, um estudo mostrou o papel do hormônio ocitocina na criação de vínculos afetivos entre o pai e o filho recém-nascido.

Essa substância já é conhecida por estimular as contrações uterinas no trabalho de parto, a ejeção do leite na amamentação e a criação de laços entre mãe e bebê.
Mas a nova pesquisa, publicada no periódico "Biological Psychiatry", avaliou o efeitos do hormônio da maternidade em homens que eram pais pela primeira vez.
As conclusões são estimulantes para essa geração de homens que participa mais na criação dos filhos.

SEM DAR DE MAMAR
 
Os pesquisadores descobriram que, embora a lactação seja um poderoso estímulo à produção de ocitocina, não é preciso dar o peito para que isso ocorra.

Os níveis de hormônio foram medidos nos 160 participantes do estudo (80 casais) seis semanas após o nascimento do bebê e logo após ele completar seis meses.

Constatou-se que a concentração de ocitocina nos homens era igual à das mães de seus filhos. Isso sugere, segundo os pesquisadores, que os mecanismos que regulam os níveis do hormônio também estão ligados ao relacionamento do casal.

Além disso, o estudo mostrou uma forte associação entre os níveis de ocitocina e a capacidade paterna de se relacionar com seu bebê.
Não se sabe se o aumento de hormônio é causa ou efeito do comportamento. Mas foi verificada a relação entre a ocitocina e as atitudes dos pais com as crianças.

Elas são diferentes para pais e mães. Nelas, troca afetuosa de olhares, carinhos e palavras maternais são os comportamentos associados ao aumento da ocitocina.

Nos pais, a alta do hormônio ocorre quando ele estimula o filho -por exemplo, mostrando objetos ou fazendo com que agarre sua mão.

"Isso é lindo. Mostra que a ocitocina é quase um medidor biológico da capacidade de um homem permanecer cuidando de sua família", diz a endocrinologista Vânia Assaly, membro da International Hormone Society.
O endocrinologista Luís Eduardo Calliari, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, conta que alguns estudos em animais já indicavam algo semelhante.

Foram observados dois tipos de ratos: um que cuidava de sua prole, "constituía família", e outro que abandonava a fêmea depois do acasalamento. Os animais fiéis tinham concentrações de ocitocina bem maiores do que as dos ratos canalhas.

Fonte: Folha online

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Ansiedade na gestação, como posso controlar?

Gestar:
Período de grande transformação do corpo físico e psicológico da mulher, e que gera um tempo para mudança desta nova condição. Tempo esse que varia muito de mulher para mulher: tempo que é saudável e necessário, pois agora iniciam novas responsabilidades e que precisam de uma adaptação.

Tudo na vida é movido á adaptações: quando nos preparamos, as tarefas ficam mais fáceis de solucinoar não é?  O mesmo ocorre na gestação, inquietações, ansiedade e fantasias maternas são muito comuns nessa nova fase, embora positivas.
Entretanto, algumas gestantes podem sofrer por alguns fatores que são mais comuns, como por exemplo o temor que a gravidez não corra bem e possa acontecer algo com o bebê. Preocupações constantes com o futuro da criança, como educação e sustento, e a incógnita de ser uma boa mãe também são influentes nos sintomas da ansiedade.

É importante aprender a relaxar, realizando atividade física, exercícios respiratórios, a drenagem linfática que é bastante relaxante, e até mesmo meditação e yoga. Essas atitudes irão impedir que os sentimentos de inquietude da mãe afetem o desenvolvimento do bebê (choro incontrolável,irritabilidade), e até mesmo o parto.

Respirar para relaxar, como?

A respiração lenta e profunda é muito eficiente no relaxamento. Você pode inspirar bem fundo enchendo bem o abdômem de ar, e ao expirar, solte todo o ar bem lentamente. Repita quantas vezes achar preciso. Quanto mais lento fizeres, mais eficiente será!

Pensamento positivo sempre

Procure pensar em coisas que lhe façam bem, não foque nos problemas, quanto mais pensamos neles, mais eles virão. Imagine seu bebê lindo e saudável em seus braços.

Atividade física:

Em nossa sociedade, existe um mito que a gestante não pode exercitar-se, mas isso está mudando. A mulher está mais fragilizada emocionalmente e fisicamente, mas gravidez não é doença. Converse com seu obstetra, e após a liberação comece uma atividade. Atividade física libera betaendorfina, um hormônio natural que nos deixa mais felizes.

Drenagem linfática:

Muitos são os benefícios da drenagem linfática: ajudam a controlar os inchaços e estimular o sistema imunológico, aumentam a absorção de nutrientes pelo intestino, e acalmam pois ativam o sistema nervoso simpático,responsável por nos deixar mais tranquilos.

*Dica: Se nenhum destes tratamentos surtir o efeito desejado, converse com seu obstetra, que poderá verificar a possibilidade de alguma medicação, e um psicólogo que complementará o tratamento com terapia.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Fisioterapia na Saúde da Mulher em estágio supervisionado de uma Faculdade no município de Vitória- Es

**Por:Fabiana Menezes de Miranda
Profa. do curso de Fisioterapia da FESV-ES

A fisioterapia tem surgido com um novo papel, integrando programas de promoção e prevenção na saúde da mulher. Esses novos modelos de assistência têm-se mostrado eficazes para tratamento de incontinência urinária, principalmente para mulheres climatéricas e gestantes no último trimestre gestação.

 O estágio de fisioterapia voltado para a saúde da mulher, realizado semestralmente pela Faculdade Estácio de Sá de Vitória-ES têm obtido resultados, consideravelmente importantes, para essa disfunção, tanto na recuperação como na prevenção, além de obter relatos de melhora nas disfunções sexuais dolorosas femininas, assim como nas disfunções orgásmicas.
Palavra chave: Incontinência, Fisioterapia, Estágio curricular

Introdução


A incontinência urinária é, hoje, um problema de saúde pública que afeta principalmente mulheres climatéricas, como mostra Guarisi et al, onde demonstraram que 35% apresentavam incontinência urinária por esforço. Essa prevalência torna-se ainda maior quando comparada com sexo masculino (3:1) (Polden, 2005).

Apesar do alto índice, poucas são as mulheres que procuram algum tipo de tratamento, devido à vergonha de procurar atendimento, falta de conhecimento e esclarecimento do problema e até mesmo despreparo de alguns profissionais da saúde.

Incontinência urinária é definida, segundo a sociedade internacional de continência como “uma condição em que a perda involuntária de urina é um problema social, higiênico e objetivamente demonstrável”. É uma condição multifatorial que afeta diferentes faixas etárias e que ainda é considerada por muitos, erroneamente, como uma condição normal do envelhecimento. Essa condição constrangedora pode levar a frustrações, afastamento de convívio social, quadros depressivos e até mesmo, ser precursor de doenças oportunistas.

Durante muitos anos a cirurgia era considerada a melhor opção de tratamento, mas as recidivas eram freqüentes após alguns meses ou até anos, submetendo as pacientes a novas cirurgias, e muitas vezes, com piora do prognóstico.

Atualmente, a fisioterapia em combinação com tratamento médico, visa melhorar o quadro clínico deste comprometimento ou, ao menos, melhorar as condições higiênicas, psicológicas, além de envolver os familiares nos cuidados e esclarecimentos sobre todo o mecanismo fisiológico do problema e sobre todos os recursos disponíveis para solucioná-los.
A fisioterapia voltada para incontinência urinária acontece em Unidades de Saúde da Grande Vitória e Centro de Convivência do bairro Jardim Camburi no município de Vitória-ES, durante o estágio supervisionado curricular da Faculdade Estácio de Sá, onde é feita avaliação e tratamento específico. Além disso, os alunos esclarecem dúvidas através de seminários e cartilhas elaboradas por eles. O interessante é que, muitas vezes, os alunos detectam incontinências leves, que algumas mulheres não tinham consciência da existência.

Continência


A continência urinária é mantida quando existe uma boa sustentação do trato urinário, função esfincteriana normal dos músculos, disposição anatômica normal dos órgãos, pressão intra-uretral maior que a intravesical, inervação da musculatura lisa íntegra e normalidade do músculo detrusor.

Incontinência

Geralmente são divididas em cinco tipos, dentre elas serão definidas as duas principais:
-IU premente ou de urgência – perda involuntária da urina acompanhada de um desejo forte de micção.
-IU por esforço perda urinária involuntária aos esforços tais como: tossir, espirrar, saltar, correr, etc. É considerada a mais comum das incontinências e a mais fácil de tratar.
É importante ressaltar que existe um tipo de incontinência urinária temporária que pode ser causada por uma infecção urinária, e que pode ser resolvida após o tratamento medicamentoso desta infecção.

Climatério


É um período em que os hormônios produzidos pelos ovários vão progressivamente deixando de ser fabricados. A diminuição desses faz com que os ciclos menstruais tornem-se irregulares, até acabarem completamente. Nesta fase de transição ocorrem alterações físicas e psíquicas importantes, que comprometem a qualidade de vida da mulher.
As alterações hormonais do climatério provocam diminuição de fibras de colágeno e hipotrofia muscular de apoio do trato genital, perda de elasticidade, entre outros, predispondo a um possível quadro de incontinência.

Gestantes

O peso do feto, principalmente no último trimestre, provoca compressão dos órgãos pélvicos. Além disso, as mudanças anatômicas temporárias e o esforço do parto podem ser causadores em potencial de incontinência urinária em mulheres que não realizam um programa de exercícios preventivos.

Tratamento Fisioterapêutico

O tratamento fisioterapêutico ocorre todo semestre com turmas do 70 período de fisioterapia, em mulheres com idade igual ou superior a 45 anos e gestantes nos três trimestres de gestação, através de estágio supervisionado.
Primeiramente é realizada uma avaliação sucinta, individual e específica em cada mulher, para a preparação de um protocolo de tratamento e evolução do quadro.

O trabalho é feito em grupos, onde os alunos iniciam por palestras educativas, previamente sugeridas pelas mulheres envolvidas e, é fornecida uma cartilha resumida sobre o assunto abordado em cada palestra. Logo após ensinam exercícios específicos, principalmente os de assoalho pélvico.
Ao final do atendimento elas são orientadas a realizar algumas atividades em casa, diariamente.
O estágio tem carga horária de 125h com uma freqüência de duas vezes por semana.
Palestras

As palestras são realizadas antes dos atendimentos, através recursos como: data-show, vídeos, pôsteres, cartilhas entre outros.
Os temas são sugeridos pelas próprias mulheres do grupo, onde podemos citar: câncer de mama, climatério, papel dos hormônios femininos, desenvolvimento do feto, benefícios dos exercícios na gestação, amamentação e higiene do bebê, desenvolvimento do feto, posições para relação sexual na gestação, incontinência urinária, exercícios para melhora das disfunções sexuais na melhor idade, métodos anticoncepcionais, planejamento familiar etc.

Exercícios
-Terapia comportamental ou reeducação da bexiga – consiste na micção em tempos para treinar a bexiga, tendo como objetivo separar a necessidade de urinar do ato de urinar.

-Percepção de assoalho pélvico – Consiste em treinar a propriocepção dos músculos do assoalho pélvico, identificando cada grupo por ação realizada. Diferencia as contrações dos músculos responsáveis pelo fechamento da uretra, dos músculos vaginais e anais.

-Trabalho muscular do assoalho pélvico – São realizados trabalho de fortalecimento e resistência dos músculos, de acordo com a necessidade. São realizados exercícios de Kegel, que são específicos para correta contração muscular. O fisioterapeuta deve condicionar o paciente a não utilizar, de forma compensatória, outros músculos, como: abdominais, adutores do quadril e glúteos.

Os exercícios são realizados com mudanças de decúbito de forma progressiva e são utilizados materiais, como: bolas de Bobath de tamanhos diferentes, colchonetes, halteres etc.

Considerações finais

Apesar da incontinência urinária, hoje, receber atenção especial em todo o mundo, ainda ocorre dificuldade de aceitação do problema pela maioria das mulheres, que preferem, muitas vezes, o isolamento à procurar um tratamento. Acredita-se que este fato se dê, principalmente, pelo baixo nível educacional, pela falta de orientação e até mesmo, decepção de métodos realizados no passado, sem manutenção, para evitar recidivas.

Os programas de fisioterapia na saúde da mulher têm a possibilidade de serem difundidos e podem ser implementados em locais menos convencionais, como possibilidades menos onerosas na saúde da mulher, evitando, muitas vezes, procedimentos mais invasivos, caros, com tempo de recuperação muito maior e nem sempre tão eficazes.

É importante salientar que a resolutividade dar-se-á a partir do momento em que os profissionais da saúde envolvidos, passarem a trabalhar de forma interdisciplinar e não apenas multidisciplinar.

Devemos enfatizar que os exercícios devem ser realizados, também, de forma preventiva, devendo ser incorporados à vida diária da mulher independente da faixa etária, visto que as mesmas são as maiores vítimas desta disfunção.
Referências

1-MARQUES, Keila S. Frade; FREITAS, Patrícia A.C. de. A cinesioterapia como tratamento da incontinência urinária na unidade básica de saúde. Fisioterapia em movimento, Curitiba, v.18, p.63-67, 2005.
2-POLDEN, Margaret; MANTLE, Jill. Fisioterapia em obstetrícia e ginecologia. São Paulo: Santos, 2005.
3-SOUZA, Cláudia E.C. Incontinência Urinária. Saúde em movimento. 2003
4-ACIOLY, Marília C.A.C. Sampaio. A incontinência urinária no climatério: uma proposta de tratamento fisioterapêutico. disponível em . acesso em 10 de Julho 2008.
5-Freitas, F. et al. Rotinas em ginecologia. Porto Alegre:3ed, Artes médicas, 1997. 358p.
6-GUARIS, IT; NETO, AMP; OSIS, MJ; et al. Incontinência urinária entre mulheres climatéricas brasileiras: inquérito domiciliar. Ver Saúde Pública, v.35, p. 428-35, mai. 2001.
7-LEON, MIWH. A eficácia de um programa cinesioterapêutico para mulheres idosas com incontinência urinária. Fisioterapia Brasil, v.2, n.2, 107-15. 2001.
8-SACOMORI, Cínara; CARDOSO, Fernando Luis. O papel da fisioterapia no tratamento das disfunções sexuais. Nova Fisioterapia, Rio de Janeiro, n.61, 14-16, Mar/Abr. 2008.


Fonte: Portal da fisioterapia