segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Grávida pode tomar sol e fazer bronzeamento artificial?

Para muitos especialistas, não é boa ideia se bronzear -- seja à luz do sol ou artificialmente -- independentemente de se estar grávida ou não. Apesar de bonito, o bronzeado nada mais é do que uma tentativa da pele de se proteger dos raios ultravioleta, responsáveis por intensificar os efeitos do envelhecimento e também por aumentar o risco de um câncer de pele.


No caso específico das gestantes, a pele já está mais sensível e suscetível a queimaduras em razão do maior nível de estrogênio e o chamado hormônio melanocítico, que aceleram a pigmentação da pele. Há também risco de aparecerem manchas que nem sempre podem ser removidas depois do parto.

"Pedimos que as mulheres se protejam ao máximo da luz solar, com protetores de alta eficiência, chapéus e sem expor a pele diretamente", afirma a obstetra Rosa Maria Ruocco, do Hospital das Clínicas de São Paulo. 



Óculos escuros desses bem grandões também são um bom recurso para proteger o rosto, junto com o filtro solar (que deve ser usado sempre, mesmo para quem fica dentro de ambientes internos).

Há grávidas que desenvolvem manchas escuras no rosto, conhecidas como cloasma, o que é sinal de que a pele reage mais do que o normal à luz solar e é preciso preservá-la. Cloasmas podem piorar tanto com o bronzeamento natural como com o artificial.

Outro ponto negativo da exposição ao sol por muito tempo é o risco de uma desidratação, algo ruim para a mulher e o bebê.

Em relação ao bronzeamento artificial, em camas ou cabines, a verdade é que este é um recurso relativamente recente e há pouca pesquisa sobre seus efeitos na gravidez. Não há também estudos conclusivos sobre como a exposição ao sol ou aos raios ultravioleta afetam o feto.

Alguns trabalhos ainda preliminares indicam que pode haver ligação entre a exposição a raios ultravioleta e uma deficiência de ácido fólico. Isso porque o ácido fólico pode ser decomposto em partes menores pela luz solar intensa.

Nas primeiras semanas da gravidez, às vezes até antes de a mulher saber que espera o bebê, os níveis elevados de ácido fólico no corpo ajudam a prevenir defeitos do tubo neural no embrião.

O mais sensato é evitar o bronzeamento artificial até que haja mais evidências sobre seus efeitos no corpo e certeza de que não há riscos. Aproveite para caminhar ou relaxar ao ar livre, privilegiando o sol do começo da manhã e do fim da tarde e mantendo-se bem hidratada, com muita água, água de coco ou sucos naturais.

Se você não se aguenta mesmo de vontade de ficar mais morena, o jeito é apelar para as loções autobronzeadoras, só tomando cuidado para fazer um teste em um pequeno pedaço da pele antes de passar no corpo todo (mesmo que já tenha usado o produto antes, já que a pele na gestação fica mais vulnerável a irritações).

Use o produto com parcimônia, acompanhando bem os resultados, pois na gravidez a pele mancha mais fácil, e você pode acabar se bronzeando de forma desigual.

Fonte: Baby Center