quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fisioterapia pode reduzir os riscos de depressão pós-parto

A depressão pós-parto prejudica tanto a mãe quanto o bebê. Apesar de raro, um dos riscos é o de a mulher chegar a matar a criança. Os mais comuns, por sua vez, são dificuldades para amamentar e cuidar dos pequenos, que dependem disso para o desenvolvimento. E, de acordo com um estudo divulgado na publicação Physical Therapy, da Associação Americana de Fisioterapia, um programa de exercícios fisioterápicos e educação sobre saúde pode reduzir as chances de desenvolver o problema.

Para chegar a essa conclusão, Maria P. Galea, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e seus colegas contaram com 161 mulheres que deram à luz no Hospital Angliss, também na Austrália. As participantes foram divididas aleatoriamente em três grupos.

O primeiro era composto por 62 delas, que se comprometeram a fazer com seus bebês, uma vez por semana durante dois meses, exercícios físicos orientados por um fisioterapeuta, além de cumprir 30 minutos de aula de educação parental com profissionais da saúde. O segundo, com 73 voluntárias, recebeu apenas o material escrito de educação. O último, com 26, não teve qualquer intervenção.

Todas as mulheres foram avaliadas no início do projeto, após oito semanas e, então, quatro semanas mais tarde. Tiveram de responder questionários sobre bem-estar, depressão e quantidade de exercícios físicos.

Segundo o site Science Daily, os resultados indicam que houve melhoras significativas no bem-estar e de sintomas depressivos até o fim das análises no primeiro grupo em comparação com os outros. O número de pacientes identificadas com chance de ter depressão pós-parto foi reduzido em 50%

Fonte: Terra

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Perda gradativa do desejo sexual afeta a saúde feminina

*Por Andressa Basilio 

A desculpa da dor de cabeça, nem sempre, é uma escolha. Muitas mulheres sofrem de uma disfunção que inibe a vontade de fazer sexo, a síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH). O problema, além de trazer instabilidade conjugal, pode atrapalhar a saúde. Cansaço, indisposição, briga com o parceiro, envolvimento com o trabalho, podem tirar o foco da vida sexual, porém, a ausência de vontade por muito tempo pode sinalizar o problema. "A mulher vive sob influência de ciclos e é muito suscetível às diferentes fases pelas quais passa: menstruação, gravidez, menopausa. Por isso, o desejo delas por sexo varia de acordo com esses ciclos. É natural, mas a mulher precisa ficar atenta, caso isso se repita por muito tempo", explica a psicóloga e sexóloga Maria Claudia Lordello, do projeto Afrodite, da Unifesp.

A disfunção é mais comum do que se imagina. A síndrome do desejo sexual hipoativo faz com que 35% das mulheres brasileiras vá para cama com o parceiro apenas para dormir, sem sentir a menor falta do relacionamento sexual. A síndrome é considerada séria pelos médicos, na medida em que afeta a saúde das mulheres, deixando-as mais fragilizadas. Mas a DSH não acontece de uma hora para outra. Normalmente, as mulheres que sofrem com a síndrome perdem gradativamente a vontade sexual. As causas dessa diminuição podem ser tanto físicas como psicológicas.

Causas físicas

A jornada extensa de afazeres pode impactar a saúde sexual. "As mulheres começaram a assumir multifunções. Precisam ser mães, esposas, cuidar da casa, da comida e trabalhar fora. Isso tudo eleva os níveis de estresse, aumentando os níveis de adrenalina e de cortisol no corpo, hormônios que provocam a diminuição da libido", explica a psicóloga Arlete Gavranic, terapeuta sexual do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp).

Além do estresse, a depressão também é uma das razões que leva as mulheres a perderem a disposição, inclusive para o sexo. O desgaste físico e psicológico proporcionados pela depressão influencia negativamente o comportamento da mulher, mas também os remédios antidepressivos, assim como alguns tipos de anticoncepcionais, também levam a diminuição da vontade sexual. Nesses casos, a melhor solução é o tratamento com remédios que não causem esse efeito.

Alterações hormonais, provocadas por algumas doenças ou pela menopausa podem ser a causa da DSH. "Quando ocorre diminuição dos níveis de testosterona, hormônio responsável pelo desejo sexual, a vontade por sexo fica reduzida. O ideal é que seja feita a reposição, através da indicação médica, por meio de medicamentos para que não afetem a vida sexual da mulher", explica Maria Claudia.

Causas psicológicas
De acordo com a sexóloga Maria Claudia, as causas psicológicas são as grandes responsáveis pela síndrome DSH, uma vez que as mulheres são muito sensíveis e, em geral, não conseguem separar problemas mal resolvidos do prazer sexual. "Problemas como a dificuldade de relacionamento com o parceiro, falta de confiança, mágoa ou frustrações acumuladas, baixa autoestima, desvalorização, entre outros fatores derivados dos relacionamentos pessoais fazem com que as mulheres passem a considerar o sexo como algo inviável em sua vida", explica a especialista da Unifesp.

Geralmente, essas frustrações acontecem com mulheres mais velhas, porém, a síndrome do desejo sexual hipoativo afeta também muitas mulheres jovens. Quando isso ocorre, é normalmente decorrência de uma educação repressiva, que trata o assunto sexo como tabu ou de questões religiosas, que reprimem o prazer sexual. "Isso tende a deixar o entusiasmo e o nível de energia da mulher jovem reduzidos, na medida em que ela não entende as transformações internas pelas quais seu corpo passa", esclarece Maria Claudia. 

No caso de problemas psicológicos, o tratamento mais aconselhado é a terapia sexual, que vai trabalhar os aspectos ligados à educação sexual, a desmistificação das práticas sexuais, o enfoque corporal e a conscientização dos benefícios e problemas. "Em geral, esses tratamentos são lentos, demorando de seis meses a um ano, mas são eficientes, uma vez que a mudança ocorre de dentro para fora", diz a especialista da Unifesp.

O maior desafio da medicina nessa área é a invenção de medicamentos que estimulem o desejo sexual feminino. Diferentemente dos homens, nas mulheres a vascularização da região vaginal não é o motivo da disfunção, pelo fato da diminuição da libido estar associada às emoções. Por isso, a psicoterapia com um especialista em sexualidade ainda é a forma mais garantida de tratamento.

Falta de vontade ou DSH?

O fato de a mulher não ter vontade de fazer sexo todo dia não que dizer que ela está sofrendo da síndrome do desejo hipoativo. Para chegar a esse estágio, a mulher tem que estar muito tempo imersa no processo de recusa sexual, meses e até anos. As mulheres que sofrem com isso, costumam demorar para perceber, já que a diminuição do desejo ocorre lentamente. A terapeuta sexual Arlete Gavranic recomenda que as mulheres que começam a notar falta de desejo sexual, façam uma autoavaliação, que contenham as seguintes perguntas:

- Com que frequencia eu me recuso a ter relações sexuais?

- Sinto preguiça na hora que estou com meu parceiro?

- Costumo investir ou ter vontade de investir em produtos que aumentam a energia sexual, como lingeries, objetos eróticos ou livros e revistas que tratem do assunto?
- Qual a qualidade do meu relacionamento a dois?


Como a DSH está ligada basicamente às emoções é possível tomar medidas que contribuam para a constante estimulação sexual. "É importante se permitir conhecer o corpo, aprender a pensar que o interesse por sexo não é vergonhoso, e muito menos a prática dele, viver bem com o próprio corpo e aceitar as mudanças que acontecem naturalmente com o envelhecimento, descobrir que é possível ser sensual em qualquer fase da vida e, principalmente, limpar a "lixeira emocional" para que as mágoas e tristezas não fiquem acumuladas e causem mal para a saúde", explica a terapeuta sexual Arlete Gavranic.

Fonte: Minha Vida

terça-feira, 6 de abril de 2010

Projeto Esperando Bebê

A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador do Sul-Rs, está promovendo o projeto Esperando Bebê. A atividade, que reúne oito casais, visa melhorar a qualidade de vida das gestantes e diminuir a insegurança dos futuros pais, entre outros assuntos. O trabalho faz parte das ações da Estratégia de Saúde da Família e inclui atividades como palestras, oficinas e dinâmicas ministradas por profissionais da área de saúde.


Participam do projeto médicos obstetra e pediatra, fisioterapeuta, odontóloga, nutricionista, psicóloga, assistente social e enfermeiras. Nas aulas são abordados temas como as modificações e os desconfortos da gestação, trabalho corporal na gravidez, alimentação e cuidados com o bebê. "Os integrantes visitam maternidade, conhecem a sala de parto e obtêm informações relacionadas a esse período", diz a enfermeira Andréia da Costa Baumann, da Secretaria de Saúde. O projeto é coordenado por ela, em parceria com as colegas Isabel Dutra Accadrolli e Maria Odete Führ Bohn.

Conforme Andréia, é importante incentivar a presença do pai, visto que ele participa diretamente do processo da gestação. "O projeto fornece suporte emocional e contribui para aumentar a autoestima da gestante, além de lhe dar segurança, atenção e carinho, desde a gestação ao pós-parto", ressalta a enfermeira. Em um dos encontros, a fisioterapeuta Geórgia Loss ensinou a técnica indiana de massagens em bebês. A shantala envolve movimentos suaves que proporcionam relaxamento muscular e eliminam as tensões, de acordo com Geórgia.

Os cursos começaram em março, com aulas às quartas-feiras entre 18h e 20h. Ao todo serão oito encontros. Ainda em 2010 está prevista a formação de outros três grupos.

Fonte: Correio do Povo

*Dica: Aqui no Blog, você pode baixar a cartilha "Celebrando a Vida" que está á sua direita no item download. Esta cartilha foi desenvolvida pela Enfermeira obstetra Luciana Magnone Reberte em parceria com a Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, e explica os cuidados com o corpo da mulher, e as modificações na gravidez. Além do mais, o que a gestante pode fazer para ter uma gravidez mais tranquila, através de exercícios físicos e terapias alternativas de relaxamento.
Vale a pena conferir!