segunda-feira, 21 de junho de 2010

Fisioterapia no puerpério

Puerpério é o nome dado à fase pós-parto, em que a mulher experimenta modificações físicas e psíquicas, tendendo a voltar ao estado que a caracterizava antes da gravidez.
O puerpério se inicia no momento em que cessa a interação hormonal entre o ovo e o organismo materno. Geralmente isto ocorre quando termina o descolamento da placenta, logo depois do nascimento do bebê1.

Nessa fase, a mulher encontra-se exausta fisica e psicologicamente, por isso é recomendado o repouso nas 6 primeiras horas após o parto. O melhor é evitar as visitas nas primeiras horas para que a mamãe sinta-se á vontade com o bebê.

Em geral, ocorre uma instabilidade hemodinâmica, o débito cardíaco aumenta: o sangue volta a circular melhor na região da pelve e membros inferiores (melhora varizes); o diafragma desce novamente á posição inicial, tornando a respiração mais fácil(sessa alcalose respiratória). Entretanto, são tantas modificações num período relativamente "rápido" quando comparado com os 9 mêses (e modificações lentas) pelos quais a mulher passou. É nesse período que entram os exercícios de fisioterapia, a fim de tornar essa fase mais fácil.

Respiração: Estimula-se a propriocepção, com exercícios respiratórios diafragmáticos: a mamãe pode pôr a mão sobre o abdômem e sentir sua respiração.

Assoalho pélvico: Aos poucos, estimula-se os exercícios de rotação da pelve e contração do períneo.

Aparelho circulatório: Nessa fase, é necessário favorecer o retorno venoso, evitando assim as tromboses de membro inferior: Exercícios de flexão e extensão dos pés e pernas são bastante efetivos.

Postura: Após o parto, principalmente se for cesariana, a mulher tende a fletir o tronco para proteger-se da dor. É estimulada a estender os braços e tronco, evitando o desconforto musculoesquelético que poderá surgir.

*Dica:  Movimente-se, pois só irá acelerar a sua recuperação, e você se sentirá melhor. É normal sentir medo. Peça ajuda para caminhar, ir ao banheiro, etc. Peça ao seu médico se no hospital há serviço de fisioterapia ou tenha uma orientação individualizada.

1. (Wikipédia)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Cuide de seu coração

Enquanto seu corpo produz hormônios femininos, o sistema circulatório fica protegido, mas depois da menopausa, você deve prestar mais atenção nesse aspecto de sua saúde.


Privilégio de mulher

Pelo simples fato de ser mulher, o seu coração é privilegiado. Desde o instante da primeira menstruação, o seu corpo produz um hormônio feminino, o famoso estrógeno, que entre outras coisas, melhora a elasticidade das paredes das artérias, além de proporcionar os benéficos efeitos antioxidante e antiinflamatório. Graças aos hormônios, as mulheres adultas ficam protegidas contra as chamadas doenças cardiovasculares. Mas quando chega a menopausa (em média por volta dos 51 anos), a quantidade de estrógeno cai aproximadamente para apenas dez por cento, e as mulheres perdem essa proteção.

Cuidar do coração

Décadas atrás, a medicina tentou prolongar o efeito benéfico do estrógeno através de tratamentos de reposição hormonal, ou seja, fornecendo ao organismo os hormônios que o corpo pára de produzir após a última menstruação. Mas, infelizmente, os estudos realizados colocaram essa prática por terra, e não comprovaram nenhum efeito benéfico. Por esse motivo, a grande estratégia para cuidar do coração é a prevenção. Tomar consciência e começar a se cuidar é a melhor forma de melhorar sua qualidade de vida. Afinal, já está mais do que comprovado que conhecer e tratar os fatores de risco diminuem consideravelmente a possibilidade de sofrer doenças cardiovasculares.

Risco zero

O diabetes, a hipertensão arterial, o colesterol, o tabagismo, o sedentarismo, a obesidade, a idade e a hereditariedade (pai ou mãe com antecedentes) são os ?fatores? que colocam sua saúde em risco. Alguns deles têm maior impacto.
Uma mulher diabética, por exemplo, tem de três a sete vezes mais chances de desenvolver problemas coronarianos em comparação com outra não diabética. O tabagismo e a hipertensão arterial também são sinais de alerta muito fortes. O tratamento precoce é a solução. É muito importante tratar a hipertensão arterial (que geralmente não se manifesta), o diabetes (que afeta as artérias do coração e de todo o corpo) e corrigir os níveis elevados de colesterol, para evitar seu depósito nas paredes dos vasos sanguíneos, que acabam ficando obstruídos. 
Além disso, os especialistas recomendam uma alimentação saudável e a prática de exercícios físicos. Outro aspecto importante é o tratamento da depressão, que é um fator adicional de risco para as mulheres, relacionado com o agravamento da doença coronariana.

Fonte: Discovery Health

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Massagem na gravidez traz alívio,mas requer cuidados específicos


 A gravidez é, sem dúvida, um momento muito especial, mas tem lá os seus desconfortos. Mesmo quando tudo está dentro do programa, em termos da saúde da mãe e do bebê, há alguns aspectos, considerados normais e fisiológicos, que interferem no bem-estar da grávida.


A retenção de líquidos, que causa inchaço e sensação de peso nas pernas, as costas que doem, principalmente na região lombar, e as interrupções no sono pela dificuldade de encontrar uma boa posição para dormir quando a barriga cresce são queixas comuns.

Uma sessão de massagem é uma boa forma de minimizar esses males. A mais popular na gravidez é a drenagem linfática, para diminuir o inchaço. Mas há outras técnicas com bons efeitos, que são menos utilizadas, ou por serem menos conhecidas ou por medo de que possam causar algum dano ao bebê.

Embora todas as técnicas devam ser aplicadas com cuidados e restrições específicas para a gestação, algumas trazem preocupações maiores: na reflexologia e no shiatsu, por exemplo, a massagem de determinados pontos pode estimular contrações uterinas antes da hora. No entanto, quando são feitas por um bom profissional, contribuem para o bem-estar da grávida.

Drenagem linfática
 
É muito recomendada por diminuir a retenção de líquidos comum nas gestantes. Pode ser feita nos noves meses, mas não tem efeito preventivo. "Diminui o inchaço temporariamente, mas quem tem propensão continuará com o problema", diz Mary Nakamura, professora de obstetrícia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

É contraindicada para grávidas com hipertensão não controlada, insuficiência renal, trombose venosa profunda, infecções de pele e erupções cutâneas. Como a hipertensão pode surgir subitamente, Miriam Zanetti, fisioterapeuta do grupo de pré-natal da obstetrícia fisiológica da Unifesp, recomenda que a pressão seja aferida antes de cada sessão. 
A grávida deita de lado, de preferência do esquerdo. O abdômen é evitado e a massagem deve ser superficial.

Shiatsu
 
Os pontos que correspondem a diferentes órgãos do corpo são os mesmos da acupuntura. Entre os que podem levar ao aborto e não devem ser estimulados, estão os relativos ao intestino grosso e ao baço-pâncreas.
A fisioterapeuta e acupunturista Sabrina Rodrigues, do Shiatsu Luiza Sato, diz que muitos médicos contraindicam a massagem no primeiro trimestre, mas que, se aplicada por terapeuta qualificado, pode ajudar inclusive nessa fase. "É possível reduzir o enjoo do começo da gravidez", afirma.
A massagem também favorece a circulação, alivia dores lombares e diminui a ansiedade.
A sessão começa com a pessoa sentada e, depois, deitada na cama -por até dez minutos de costas, caso não se sinta mal, e de lado no restante do tempo.

Automassagem
 
Não tem efeito terapêutico, mas pode aumentar o bem-estar. "Ela melhora a autoestima, que sofre muito impacto na gravidez", diz Hugo Sabatino, professor de ginecologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Um estudo da universidade e da empresa de cosméticos Natura mostrou que, enquanto a massagem relaxou intensamente 75% das gestantes, o banho teve esse efeito em 57%; 91% relataram melhora na qualidade do sono.
Flávia Guimarães, médica do Instituto do Sono de Campinas, diz que, a partir do sexto mês, o sono é fragmentado. "A massagem é interessante pois há pouco a ser feito nesse caso."
Luna Weyel, 28, que teve seu filho Davi no último dia 5, fez automassagem durante toda a gestação. "Era super-relaxante e me preparava para dormir bem", conta.

Massagem pélvica
 
Novidade na preparação para o parto normal, essa massagem completa os exercícios de fortalecimento do períneo. Alonga as fibras musculares do assoalho pélvico e aumenta a distensibilidade do períneo. "Isso pode evitar a episiotomia [corte na região do períneo para alargar o canal de parto e evitar ruptura dos músculos] no parto vaginal", diz Mary Nakamura, da Unifesp.

A massagem é feita pela grávida, orientada por um especialista. No grupo de pré-natal da obstetrícia fisiológica da Unifesp, a técnica é ensinada.
Miriam Zanetti diz que deve ser feita a partir da 34ª semana de gestação. "O assoalho pélvico ganha alongamento para ser distendido no parto e voltar ao estado normal sem rompimento das fibras musculares", diz.

Massagem relaxante

Boa para diminuir as lombalgias e a ansiedade, pode ser feita durante toda a gravidez. A manipulação precisa ser mais suave do que o usual pois, nas costas, estão os centros de enervação do útero, que não podem ser muito estimulados durante a gestação.

A gestante fica deitada de lado e são colocadas almofadas entre as pernas e sob a cabeça, para garantir uma posição mais confortável. "A grávida precisa estar à vontade. E a manipulação tem de ser suave, não é para sentir dor", diz a naturóloga Camila Vieira, que faz massagem para grávidas no Gama (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa), em São Paulo.

Diferentes técnicas podem ser combinadas, e alguns pontos não devem ser massageados na gravidez porque estimulam as contrações uterinas.
Mesmo evitando esses pontos, Vieira só utiliza a técnica a partir do terceiro mês de gestação -o risco de aborto espontâneo é maior no primeiro trimestre.
Ela acredita que uma sessão de massagem por semana é o suficiente para aumentar o bem-estar. Para Iracema do Nascimento, 36, grávida de 38 semanas do primeiro filho, essa periodicidade já ajuda a diminuir a dor nas costas e a ansiedade. "É também uma massagem no ego: você está se cuidando e cuidando do bebê."

Massagem ayurvédica
 
Usando princípios da medicina tradicional indiana, essa massagem alonga e relaxa os músculos e melhora a respiração. A fisioterapeuta Marcia Riga, coordenadora técnica do Buddha Spa, em São Paulo, diz que muitos movimentos são baseados nas posições da ioga. Eles podem ser feitos com a grávida deitada de lado ou sentada.

Riga recomenda que a técnica seja usada somente a partir do segundo trimestre. A massagem é feita da cabeça aos pés. Em gestantes, os alongamentos precisam ser realizados com mais cuidado, sem forçar muito. Isso porque alguns hormônios liberados na gravidez relaxam os ligamentos que suportam as articulações, tornando-as instáveis e propícias a lesões.
Para a bancária Jéssica Praum, 32, grávida de 28 semanas, o poder relaxante da massagem é um de seus pontos fortes. "Essa é uma fase de muitas emoções e é preciso ter um tempo só seu para não ficar muito estressada."

Massagem na água
 
A massagem subaquática é feita em uma banheira em que um profissional direciona jatos de água nas pernas, braços e costas da gestante.
Jona Haertel, diretor clínico do Spa Lapinha, no Paraná, diz que a técnica melhora a circulação e é altamente relaxante. "Na água, o corpo fica 40% mais leve, o que facilita os efeitos da massagem", diz.

Outra técnica é o watsu -ou shiatsu na água. A grávida fica flutuando numa piscina enquanto são feitos movimentos para alongar a coluna. O meio aquático permite que ela fique de barriga para cima. Fora da água, por causa do peso da barriga e da compressão causada no diafragma, essa posição causa desconforto.

Segundo Haertel, esse tipo de massagem não deve ser feito nos três primeiros meses da gravidez. Após esse período, os movimentos ou jatos de água não devem ser muito fortes nem atingir a região abdominal.

Reflexologia

São massageados pontos dos pés que correspondem a partes do corpo. Deve ser feita por um profissional que saiba quais não podem ser estimulados -os do útero, ovário e trompas estão proibidos.

"Mas pode ser útil para estimular o processo digestivo e resolver a constipação intestinal, comum em grávidas", diz Michele Paschui, professora do curso de naturologia da Universidade Anhembi-Morumbi. Também controla a pressão.

Para deslizar
- Óleos e cremes à base de cânfora e arnica podem ter efeito negativo sobre o feto.
- Cremes anticelulite, principalmente os com substâncias vasodilatadoras e cafeína, também não são recomendados.
- O produto deve ter baixo potencial alergênico.
- Produtos sem corantes e substâncias químicas são os mais indicados.
- Os aromas devem ser suaves, pois é comum a grávida ficar com o olfato mais apurado. 

Fonte: Folha online
 
*Dica: Lembre-se que antes de iniciar as massagens, é importante que o seu obstetra a libere para tal.
Procure um profissional qualificado, que esteja disposto a esclarecer suas dúvidas sempre e que transmita confiança em seu trabalho.

terça-feira, 1 de junho de 2010

O que caracteriza a Eclampsia?

Eclampsia é a forma mais grave da doença pré-eclampsia. A doença é caracterizada pela hipertensão (alta pressão arterial) e proteinúria (presença de proteína na urina). Acomete mulheres na segunda metade da gravidez (após a 20ª semana de gestação).

A causa da pré-eclampsia ocorrer durante a gravidez é desconhecido. Sabe-se, no entanto, que a existência da placenta é obrigatória e que não precisa existir o feto. Alguns tumores placentários provocam pré-eclampsia sem que haja feto. A doença desaparece assim que a placenta sai do organismo da mulher.

A forma mais amena da doença é chamada de pré-eclampsia leve e a mulher pode até não notar sintomas. Por vezes, percebe-se um pequeno inchaço. A necessidade de se realizar um bom pré-natal é imensa durante toda a gravidez. O médico aferirá a pressão e fará freqüentes exames de urina para identificar a doença.

Já na pré-eclampsia grave, além do aumento da pressão arterial e proteinúria, inchaço, pode-se notar cefaléia (dor de cabeça), cansaço, sensação de ardor no estômago e alterações visuais ligeiras. Quando a eclampsia estiver iminente acontecerá hemorragias vaginais e diminuição dos movimentos do seu bebê.

A eclampsia é caracterizada quando a mulher com pré-eclampsia grave convulsiona ou entra em coma. A mulher tem convulsões porque a pressão sobe muito e, em decorrência disso, diminui o fluxo de sangue que vai para o cérebro. Essa é a principal causa de morte materna no Brasil atualmente.

Em cerca de 10% das gestações há a incidência de hipertensão, em sua maioria, na forma de pré-eclampsia leve. Os casos de eclampsia e pré-eclampsia ocorrem geralmente no oitavo ou nono mês.

Possuem maiores riscos de adquirir a doença as mulheres que engravidam mais velhas ou muito novas, que estão grávidas pela primeira vez, que têm histórico de diabetes, pressão alta, pré-eclampsia ou eclampsia, se há alguém na família que já teve a pré-eclampsia, e obesas. Porém, as mulheres que têm pressão normal e sem histórico também podem ser acometidas.

Fonte: Guia do bebê